A Bamin perdeu o duelo travado há aproximadamente quatro anos e meio com a companhia baiana Zeus Mineração pelo direito de explorar manganês em uma área de 970 hectares localizada em Caetité, caso sob a mira da Operação Terra de Ninguém, deflagrada pela PF no início de 2019.
Em setembro de 2015, conforme lembrou o jornal Correio, a Bamin ficou em primeiro na disputa pela prioridade de pedir a concessão da lavra do minério, por meio de edital a cargo da Superintendência Regional do extinto DNPM – atual Agência Nacional de Mineração (ANM). Segunda colocada, a Zeus recorreu e questionou a avaliação feita pela Comissão Julgadora do órgão na Bahia, mas o resultado foi mantido.
Disposta a levar a queda de braço adiante, a Zeus recorreu ao comando central da ANM, em Brasília, que considerou equivocado o resultado anterior e reclassificou a Zeus em primeiro. Anteontem, a Diretoria Colegiada da agência referendou a decisão, que cita ofício no qual a PF destaca a existência de “fortes indícios de ocorrência de atos ilícitos para beneficiar empresa classificada em primeiro lugar”, com base em investigações da Terra de Ninguém contra dirigentes da ANM na Bahia.