O deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), candidato à presidência da Câmara, acusou nesta quinta-feira (28) o Palácio do Planalto de “brutal interferência” no pleito.
Já Arthur Lira (PP-AL), principal adversário de Baleia na disputa e apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, negou conforme o portal G1 que exista influência do governo federal na eleição. Segundo Lira, “ninguém influi” na Câmara.
As duas declarações fazem referência à fala do próprio presidente Jair Bolsonaro sobre o tema, na quarta (27). Após reunião com deputados do PSL, Bolsonaro disse ter a intenção de “influir na presidência da Câmara” por meio de parlamentares do partido.
A eleição está marcada para o dia 1º de fevereiro e será realizada por meio de votação secreta.
“Vejo uma interferência brutal do Palácio do Planalto na tentativa de diminuir o debate da Câmara, de fragilizar o trabalho dos parlamentares”, disse Baleia.
Para Lira, a declaração de Bolsonaro não significa que haverá interferência na condução da Câmara.
“Eu não ouvi ninguém dizer que vai influir na presidência da Câmara. Influir na presidência da Câmara é diferente do que ele pode ter dito, porque, na presidência da Câmara, ninguém influi. O presidente da Câmara, eu sou um candidato, se tiver oportunidade de ser eleito, serei independente, serei altivo, serei autônomo e serei harmônico”, declarou Lira ao chegar para uma reunião com a bancada do PP.
Apoiador da candidatura de Baleia, o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou a dizer na quarta que a intenção do presidente Jair Bolsonaro “é transformar o parlamento num anexo do Palácio do Planalto”.
Maia também disse estimar que chegam a R$ 20 bilhões as emendas prometidas pelo governo a parlamentares que apoiarem Lira à presidência da Câmara.