Seguindo a Lei da Zabumba, que exige que o governo utilize pelo menos 60% da verba com a contratação de artistas que valorizem a cultura da Bahia durante o São João, Diogo Medrado, presidente da Bahiatursa, estima que cerca de 95% da verba foi destinada aos artistas locais que estão se apresentando no São João do Pelourinho.
“A gente fica muito tranquilo com relação à Lei da Zabumba, porque, inclusive, muito antes da própria lei, o governo já praticava esse formato. Se a gente for pegar toda a nossa programação, dos mais de 100 artistas que nós temos aqui, eu arrisco dizer que oito ou estourando dez são artistas de fora da Bahia. Fazemos isso para poder contemplar e valorizar ainda mais a cultura do Nordeste e dos baianos”, afirma Medrado.
Sobre a fiscalização da Lei da Antibaixaria, o presidente da Bahiatursa garante que os repertórios das atrações que tocaram e irão tocar no São João do Pelourinho e de Paripe são estudados para que não ocorra “um choque de conteúdo”.
Apoio aos municípios
O governo do estado, por meio da Bahiatursa, está apoiando financeiramente durante o São João 141 cidades, fora a capital baiana. Com relação aos possíveis problemas para firmar os convênios com os municípios, Medrado destaca a importância do planejamento. “As exigências burocráticas que o governo do Estado através da Bahiatursa solicitam são praticamente as mesmas, então é mais a questão de planejamento, até mais dos próprios municípios, para eles poderem ser contemplados com os recursos”, explica.
“Independente de qualquer situação, o município que entrar no convênio, no edital, recebe o recurso. Então isso é passado até por uma comissão, que é montada por algumas secretarias e representantes de secretarias do estado e esse ano nós temos o aporte em 141 cidades, e esse número pode crescer inclusive por causa do São Pedro, já que algumas cidades realizam o evento mais tarde”.