O governo da Bahia, participou por meio do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) e também com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), na manhã da última sexta-feira (15), do ‘Encontro Baiano dos Municípios Produtores de Energias Renováveis’, que ocorreu no Centro de Convenções do Fiesta Hotel. O secretário da pasta, Angelo Almeida, falou do protagonismo do estado no Hidrogênio Verde (H²V), que foi o primeiro estado do Brasil a implementar um plano de economia para a indústria de H²V. Ele defendeu o debate e disse que é necessário democratizar a discussão. “Existe uma regra que já é norma global: o mundo corporativo cada dia mais vai estar escorado no compliance ambiental. Precisamos ser eficientes para colhermos os resultados do que nós temos a nosso favor. É no Nordeste e principalmente na Bahía que o mundo encontrará energia limpa, abundante, segura e barata para fomentar e tornar realidade o H²V como combustível do futuro”, afirmou o gestor.
A iniciativa é da Comissão Especial de Estudos para Transição Energética e Hidrogênio Verde da Câmara dos Deputados, criada em junho deste ano, a pedido do deputado federal João Carlos Bacelar (PL), relator da matéria, anfitrião da mesa de abertura, que foi composta pelo vice-governador, Geraldo Júnior (MDB); o deputado federal Otto Alencar Filho (PSD), os secretários da SDE, Angelo Almeida e de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), André Joazeiro e o presidente eleito da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Henrique Passos.
A comissão visa auxiliar e acompanhar a implementação das medidas que estão sendo adotadas para transição da energia verde no Brasil, promover pesquisas e debates sobre o tema, levantar iniciativas legislativas em tramitação no Congresso, realizar interlocução com as diversas entidades representativas do setor e elaborar um Marco Regulatório. Angelo Almeida destacou ainda como fundamental o papel que os deputados e senadores estão desempenhando nesse momento no Congresso Nacional para se ter um marco regulatório, necessário para o país se adaptar à nova economia mundial, economia do hidrogênio verde.
O secretário participou ainda da Mesa ‘O potencial da Bahia na produção de Energias Renováveis’, na qual defendeu o cuidado com a cadeia produtiva. “Temos um desafio enorme de colocar em pé a verticalização da cadeia. Vamos produzir amônia, o lugar mais barato de fazer isso no mundo vai ser aqui. Não vamos permitir que a amônia saia do país em estado bruto e seja o cacau do início do século XX, nós temos que reagir. Vamos produzir fertilizante verde aqui. Este é um compromisso meu como Secretário de Desenvolvimento Econômico, cargo confiado a mim pelo governador Jerônimo”, finaliza.
Matriz Elétrica da Bahia
A Bahia possui uma matriz elétrica majoritariamente renovável. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), entre janeiro e julho de 2023, a fonte eólica foi a mais expressiva, representando 74,89%, seguida da Usina Hidrelétrica (12,23%), Central Geradora Fotovoltaica (8,97%).