Bahia pode ser tornar o maior produtor de maçã do mundo

“O que queremos, eu, e o governador Rui Costa, é desenvolver a Bahia e ajudar as pessoas”, disse Leão

A China até momento é o maior produtor de maçã do mundo, com 44.448.575 toneladas de volume de produção por ano. Os Estados Unidos estão em segundo lugar, com 4.649.323 toneladas de produção anual. China e Estados Unidos da América produzem juntos mais de 50% do total mundial. O Brasil está com 1.049.251 e está em 13º, mas se for calculado a produção por hectares, a Bahia se torna a maior produtora anual do mundo, com capacidade de produção de 60 toneladas por hectares, ou o dobro, 120 toneladas, em duas safras anuais.

O vice-governador João Leão (PP), que também é secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, disse recentemente em entrevista de rádio, que vai aproveitar a expertise em pesquisa experimental da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para plantar maçã e pera no Sertão baiano. Foi constado que na região oeste do estado, dada a excelente luminosidade, a qualidade da água e manejo do solo, a Bahia produz 60 toneladas de maças por hectares, isso é o dobro do maior produtor do Brasil, que é o estado de Santana Catarina. A atividade teve um grande impulso no Brasil a partir de década de 70, quando a fruticultura de clima temperado recebeu incentivos e tecnologias.

Segundo especialistas, as macieiras precisam de no minimo 6 horas de sol direto diário e o solo deve ser rico em nutrientes e bem drenado, além do local deve estar protegido do vento. Tudo que o Oeste da Bahia mais possui.

Por isso, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) fez convenio com governo da Bahia recentemente para implantação de uma Fazenda Escola Modelo, para desenvolver técnicas agrícolas dentro do Colégio Estadual de Educação Profissional (CEEP) Águas de Barra, no município de Barra, no médio São Francisco baiano, está em estágio avançado.

O objetivo principal é capacitar os assetados em reforma agraria que estão na região e seriam, conforme apurou o #Acesse Política, mais de 2 mil produtores que não produzem absolutamente nada. A Itacoatiara, tem 37 mil hectares na margem do Rio São Francisco e não possui nenhum hectare irrigado. Os quilombolas têm mais de 50 hectares e também não possuem nenhum hectare irrigado.

Leão confirmou que os projetos experimentais deverão ser implementados em Irecê, com irrigação de poços artesiano, e no Médio São Francisco – Barra, Muquém do São Francisco, Ibotirama e Morpará, com pequenos projetos de irrigação de pequenos produtores. Para o vice-governador, a ação tem alta rentabilidade e viabilidade econômica.

“Queremos desenvolver essas regiões e ajudar a população e empreendedores a prosperarem, assim como fizemos há 15 anos com o exitoso experimento de abacaxi em Itaberaba e com o caju na Bacia do Rio Grande, também em parceria com a Embrapa. A Embrapa é uma empresa de pesquisa, desenvolvimento e inovação, que trabalha com cadeias produtivas em projetos de pesquisa e inovação e vai nos ajudar. O que queremos, eu, e o governador Rui Costa, é desenvolver a Bahia e ajudar as pessoas”, disse Leão.

Será viabilizada também formação e capacitação profissional, tanto no Polo Agroindustrial, quanto na Fazenda Escola que está sendo montada no CEEP Águas, Escola Lamartine Roriz  em Barra, por meio de cooperação com a Univasf, Ufob e Embrapa.

Segundo o vice-governador João Leão, a Bahia deixará de ser vagão para e passar a ser locomotiva e como ele disse: “São Paulo que se segure”.