Apesar de a região Nordeste concentrar quase metade dos beneficiários do Auxílio Brasil, três estados do Sudeste estão entre os cinco com maior número de famílias que recebem o recurso. O programa de transferência de renda, que começou nesta semana a pagar a parcela de R$ 600, também teve um acréscimo de 2,2 milhões de família, passando a contemplar 20,2 milhões de beneficiários.
O estado da Bahia lidera o ranking geral, com 2,48 milhões de beneficiários, seguido por São Paulo (2,44 milhões), Rio de Janeiro (1,65 milhão), Pernambuco (1,61 milhão) e Minas Gerais (1,5 milhão).
Mas o estado com maior número de novos beneficiários aprovados para agosto é o Rio de Janeiro, com 336 mil inclusões. Na sequência estão São Paulo (290 mil), Bahia (235 mil), Pernambuco (180 mil), Pará (141 mil), Minas Gerais (138 mil) e Ceará (122 mil).
O aumento do valor de R$ 400 para R$ 600 e do número de beneficiários faz parte da PEC (proposta de emenda à Constituição) dos Benefícios Sociais, promulgada pelo Congresso Nacional. A medida autoriza o governo federal a gastar R$ 41,2 bilhões para conceder benefícios sociais apenas até o fim do ano.
Além disso, a PEC concede um auxílio financeiro a caminhoneiros e taxistas e amplia o valor do Auxílio Gás. De acordo com o Ministério da Cidadania, o programa de transferência de renda vai garantir os R$ 600 em agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro.
O crédito dos benefícios, previsto inicialmente para ser realizado no dia 18, foi antecipado e começou a ser depositado desde a última segunda-feira (9). Os primeiros a receber foram os beneficiários com NIS de final 1.
O pagamento seguirá de forma escalonada, de acordo com o final do NIS do beneficiário, com término no dia 22, para as pessoas com NIS de final 0.
NIS 1 – 09/08
NIS 2 – 10/08
NIS 3 – 11/08
NIS 4 – 12/08
NIS 5 – 15/08
NIS 6 – 16/08
NIS 7 – 17/08
NIS 8 – 18/08
NIS 9 – 19/08
NIS 0 – 22/08
As famílias precisam atender a critérios de elegibilidade e ter os dados atualizados no CadÚnico (Cadastro Único) nos últimos 24 meses. Além disso, é preciso que não haja divergência entre as informações declaradas no cadastro e as que estão em outras bases de dados do governo federal.
Para a inclusão no programa, o principal critério é a renda mensal calculada por pessoa da família, que corresponde à soma de quanto cada integrante ganha por mês, dividida pelo número de pessoas que moram na casa.
• Se a renda mensal por pessoa for de até R$ 105 (situação de extrema pobreza), a entrada no programa poderá acontecer mesmo se a família não tiver crianças nem adolescentes.
• Se a renda por pessoa for de R$ 105,01 a R$ 210 (situação de pobreza), a entrada só será permitida se a família tiver, em sua composição, gestantes, crianças ou adolescentes.
Quem está em uma dessas situações mas ainda não fez a inscrição no CadÚnico precisa se inscrever e aguardar a análise informatizada, que avalia todas as regras do programa. A seleção é realizada de forma automática, considerando a estimativa de pobreza, a quantidade de famílias atendidas em cada município e o limite orçamentário anual do Auxílio Brasil, por meio do Sibec (Sistema de Benefícios ao Cidadão).