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quarta-feira 31 de agosto de 2022 às 07:29h

Bahia e outros setes estados sem candidaturas femininas ao governo

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Conforme levantamento do site Bahia Notícias, das 27 Unidades Federativas (UFs) presentes no Brasil, apenas oito delas não tiveram candidaturas femininas ao governo estadual, entre elas a Bahia. Os outros estados sem representação das mulheres são: Espírito Santo, Alagoas, Amapá, Ceará, Maranhão, Rondônia e Santa Catarina. De acordo com o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), das 222 candidaturas ao governo estadual no Brasil, apenas 39 (17,56%) são de mulheres.

Apesar do número ainda ser desproporcional, o número de postulantes do gênero feminino buscando a “chefia” do Estado cresceu 30% em comparação com as últimas eleições gerais, em 2018. Há quatro anos, a Bahia tinha apenas uma mulher disputando o cargo de governadora do estado, com a candidatura de Célia Sacramento, pelo partido Rede Sustentabilidade. Os dados foram colhidos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e organizados pelo Bahia Notícias.

Para o cargo de vice-governadora a quantidade de mulheres disputando o posto caiu pela metade, comparando as eleições deste ano com as de 2018. Enquanto em 2022 se tem duas candidatas, Ana Coelho (Republicanos) e Leonídia Umbelina (PMB), das chapas de ACM Neto (União) e João Roma (PL), respectivamente, há quatro anos o estado contava com quatro representantes para o posto de vice.

Em relação à disputa no Senado, a Bahia, em 2022, é o sétimo estado com maior proporção de candidaturas femininas, com 33,3%, sendo duas mulheres entre seis postulantes à Casa Legislativa. Em comparação com as últimas eleições gerais, há quatro anos, o estado não tinha mulheres na disputa para senadora.

Ainda sobre Senado, desta vez para os cargos de suplentes, neste ano a Bahia não detém mulheres para o posto de 1ª suplente, todos os seis candidatos são do gênero masculino. Em 2018, haviam quatro candidatas para a posição. Sobre o 2º suplente, em 2022 há quatro mulheres para o cargo, enquanto na eleição anterior tinham apenas duas.

No campo legislativo, mas diferente do Senado, a busca por uma vaga como deputada federal cresceu 46,95% neste ano, em comparação com as últimas eleições gerais, chegando a 241 candidaturas. Em relação ao cargo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o número de mulheres na disputa teve uma alta de 50,25%, alcançando 296 candidaturas femininas.

Ao todo, a Bahia possui 545 mulheres buscando se eleger neste ano, um acréscimo de 46,50% frente ao registrado em 2018. No Brasil, no geral, houve um aumento de apenas 5,52% nas candidaturas femininas, chegando a 9.721 candidatas nas eleições de outubro.

Legislação

A Emenda Constitucional nº 97/2017 (EC 97/2017) prevê que cada partido deve indicar, pelo menos, 30% de suas candidaturas para mulheres. A ação começou a valer nas eleições municipais de 2020 e, por isso, os números em comparação com 2018 são tão gratificantes.

Em 2016, os ministros do TSE aprovaram, por unanimidade, a determinação de que os partidos reservassem 30% dos recursos do Fundo Eleitoral para o financiamento de campanhas eleitorais femininas, a partir das eleições de 2018. A ação tomada pelo tribunal teve como objetivo justamente a promoção da participação de mulheres na disputa por cargos políticos.

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