O turismo religioso é uma das principais apostas do setor na Bahia, que atrai cerca de 5 milhões de pessoas entre as cidades do estado anualmente. A tendência deve aumentar após a canonização de irmã Dulce, primeira santa brasileira nascida no estado.
Só na semana em que o Papa Francisco anunciou o segundo milagre da freira, no mês de maio, o número de visitantes do santuário dedicado a ela aumentou em 200%: foram mais de mil e duzentas pessoas em 7 dias.
Com o aumento no fluxo de turistas, o santuário precisou contratar pessoas para auxiliar na movimentação do local, o que gera crescimento na economia.
Uma dessas pessoas é o assistente administrativo Matheus Porciúncula: “Eles necessitavam de pessoas e eu consegui minha contratação através da santificação de Irmã Dulce”.
Salvador já tem dois grandes roteiros religiosos: o do Pelourinho – que sai do Museu da Misericórdia e percorre os principais templos do Centro Histórico; e o da Cidade Baixa – na Igreja da Conceição da Praia, onde o fluxo de turistas estrangeiros tem aumentado a cada ano.
O guardião da Igreja da Conceição da Praia, José Gonçalves, lista os países dos visitantes mais comuns da basílica. “Países da América do Sul, como Argentina, Paraguai, Uruguai, Colômbia, até mesmo da China. Vem muita gente aqui’, disse.
Com a canonização de Irmã Dulce, a capital baiana ganha um terceiro local de peregrinação. O projeto de revitalização da Avenida Dendezeiros do Bonfim vai transformar a via em uma “passarela da fé”, para ligar o santuário, que fica no Largo dos Mares à Basílica Santuário Senhor do Bonfim, na Colina Sagrada.
No Subúrbio Ferroviário, o bairro de Coutos também abriga outro espaço destinado ao turismo religioso, o Mosteiro do Salvador. Lá, 16 monjas hospedam os peregrinos e recebem pessoas de todas as religiões, em grupo ou não, para fazer retiro.