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O movimentação de regresso do deputado federal Bacelar para a base de ACM Neto (DEM) não será efetivada, informa o BNews. Depois de ter ouvido do governador Rui Costa (PT) que perderia a eleição para a Câmara Federal se continuasse no Podemos, partido do ex-juiz Sérgio Moro, e não ter gostado da opinião pública do chefe do Palácio de Ondina, o ex-secretário da Educação de Salvador deve desembarcar no PV. A sigla comporá federação com o PT, conforme articulações avançadas em Brasília.
O partido, que um dia já fez parte da base de Jaques Wagner (PT), sairá do núcleo netista e vai apoiar o senador na disputa do governo em 2022, fato apurado pelo BNews nesta segunda-feira (31). As conversas entre os cardeais do PT baiano e do PV já estão adiantadas. A sigla deve abrigar aliados de partidos cujo destino de apoio a JW e ao núcleo do “time de Lula” ainda é incerto.
O Podemos, por sua vez, na Bahia, deve compor com ACM Neto. Esse cenário levou a especulação da dificuldade de Bacelar entregar a sigla arrumada, onde é cacique, mas que, em Salvador, tem total vinculação com o grupo de Bruno Reis na prefeitura. Ele não teria grandes empecilhos de retorno ao grupo, mas fez as contas da proporcional.
Outro partido ventilado nesse cenário de arrumação para Bacelar foi o Solidariedade. A sigla de Paulinho da Força está quase fechada com o grupo de JW no pleito deste ano. Espera, porém, o avançar da conversa com o MDB. Em novembro do ano passado, Solidariedade e MDB firmaram um pacto de unidade: onde um estiver o outro estará junto.
Dificuldade
No início do ano, conforme lembrou o BNews, o governador Rui Costa demonstrou boa vontade de querer ajudar o aliado que tentará mais um mandato a Câmara Federal. De acordo com o petista, o fato do ex-juiz Sérgio Moro seguir no Podemos para ser candidato a presidência da República vai impactar diretamente o rumo de Bacelar.
“A dificuldade será mais para ele, parceiro, amigo, tem nos ajudado muito, mas terá dificuldade para a eleição dele, fazer chapa em uma candidatura [de Sérgio Moro] inexpressiva na Bahia e no Brasil. Pode complicar a eleição dele [de Bacelar]. Vamos ajudá-lo na eleição, vamos conversar e encontrar a solução. Março abre prazo para legalmente sair do partido e janeiro e fevereiro vamos intensificar as conversas”, disse aos jornalistas no dia 10 de janeiro.
Um dia após a fala de Rui, Bacelar foi lembrado pelo ex-juiz Moro como “gente boa” do Nordeste, ao ser questionado sobre o Congresso Nacional em 2023, caso ele seja eleito presidente da República em 2022.
“Tem muita gente boa na política, tratei com muito deputado. A gente tem tido apoio da Região Nordeste, tem o senador [Eduardo] Girão, o senador Styvenson [Valentim], tem o deputado Bacelar ai na Bahia, Dayane que tem sido pular da nossa pré-campanha”, ponderou, em entrevista à Rádio Metrópole.
