O deputado federal Bacelar (Podemos) deu entrevista nesta segunda (1º) à rádio Metrópole de Salvador e apontou os riscos do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e os ataques recentes ao meio político.
O parlamentar disse que há uma ‘revolução bolsonarista’ em curso no país. Para Bacelar, os parlamentares ainda não cientes do prejuízo para o país.
“Eu acho que há uma revolução bolsonarista no ar, que vem desde a eleição dele e os partidos não estão se dando conta disso. Bolsonaro se elegeu atacando o STF, o Legislativo, a imprensa e o Estado. Ele não quer aprovar a reforma da previdência, ele quer afrontar o Congresso e mostrar ao cidadão que o Legislativo é um lugar de pessoas vis e criminosas”, disse o deputado.
“A teoria dele é do confronto. Tem um rapaz na assessoria dele, Filipe Martins. É ele que bola toda essa teoria. É um ‘bom aluno’ de Olavo de Carvalho. É quem manda, junto com Eduardo e Carlos Bolsonaro. É um jovem e tem o núcleo econômico que eles mandam não negociar com os políticos”, acrescentou João Carlos Bacelar.
Questionado sobre a importância do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) na articulação política, o parlamentar do Podemos fez um alerta ao “namoro” dos deputados com o general. Segundo ele, é preciso rememorar tudo o que foi dito em campanha.
“Ele não embarca nesse projeto. O general é a simpatia da República. Ele recebe 30 a 40 deputados por dia. Uns saem mais encantados ainda, mas vamos nos lembrar dos discursos dele antes da campanha. Mourão era mais radical que Bolsonaro. Pode ser uma outra saída dos grandes empresários. Ele teve uma reunião na FIESP. E aí começam também os nossos velhos sonhos aventureiros. Há quem pense em eleições num caso de crise entre Bolsonaro e Mourão. Eu penso que não, acredito a democracia”, disse o deputado federal.