Dois aviões russos capazes de carregar armas nucleares voaram a poucos quilômetros da costa dos Estados Unidos durante um exercício militar no mar de Bering, próximo ao estado americano do Alasca.
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Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, os bombardeiros nucleares modelo Tu-95 voaram por mais de 11 horas e foram escoltados por caças Sukhoi Su-30 da Força Aérea russa. Em determinadas etapas da rota, os porta-mísseis estratégicos foram acompanhados por combatentes de países estrangeiros.
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O mar de Bering abriga o estreito de mesmo nome, uma fronteira marítima de 82 km entre a Rússia e os Estados Unidos. Os russos afirmam que os pilotos voaram regularmente sobre águas neutras do Ártico, Atlântico Norte, mar Negro e Báltico, e que os voos foram realizados em estrita conformidade com as regras internacionais para o uso do espaço aéreo.
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Em nota, o Norad (Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte) informou que detectou e rastreou quatro aeronaves militares russas operando na Zona de Identificação no dia 2 de maio. Essas aeronaves permaneceram no espaço aéreo internacional e não entraram no espaço aéreo soberano americano ou canadense. O comando ressalta que a atividade russa ocorre regularmente e não é vista como uma ameaça.