O telescópio espacial Hubble, que desde 1990 revolucionou a astronomia com suas descobertas, será aposentado após um programa de observação mais reduzido, segundo informaram nesta última terça-feira (4) responsáveis da Nasa.
Um dos três giroscópios que controlam a direção para onde o telescópio aponta tornou-se instável nos últimos meses, levando a episódios de “modo seguro” intermitentes, o mais recente em 24 de maio.
“Depois de completar uma série de testes e considerar cuidadosamente nossas opções, tomamos a decisão de que o Hubble terá uma transição de uso operacional para apenas um dos três giroscópios restantes”, anunciou Mark Clampin, diretor da divisão de astrofísica da agência espacial americana Nasa.
O outro giroscópio será mantido ligado em reserva para possível uso futuro.
A transição, que deve ser concluída em meados de junho, reduzirá a eficiência do Hubble na realização de observações científicas em 12%, passando de 85 órbitas semanais para 74, segundo Patrick Crouse, diretor de projetos da missão do telescópio.
Ao longo de um ano, o Hubble ainda será capaz de observar o céu noturno, mas não poderá seguir objetos que estejam mais próximos do que o planeta Marte, embora esses objetivos tenham sido raros, acrescentou Crouse.
A Nasa estima que há mais de 70% de chances de operatividade com essa configuração até 2035. Ao término da vida funcional do telescópio, a agência espacial planeja tirá-lo de órbita de forma segura ou se desfazer do instrumento.
O telescópio, que leva o nome do astrônomo Edwin Hubble, foi lançado em 1990 e opera a cerca de 515 quilômetros de distância da Terra.
Entre 1993 e 2009, os astronautas visitaram o Hubble cinco vezes em missões de reparação.