Pelo segundo dia seguido, Israel ultrapassou a marca de 100 novas infeções pelo coronavírus. Na segunda-feira (21) foram 125 pessoas, o maior número em dois meses. Com o aumento de casos da Covid-19, o país está avaliando se o retorno de medidas de distanciamento social, e até mesmo um novo lockdown, serão necessários.
Na semana passada, conforme lembrou publicação da revista Veja, Israel decretou o fim do uso da máscara obrigatório, incluindo em lugares fechados. Em maio, já havia suspenso o uso de máscaras em espaços abertos.
O que estaria causando esse novo surto é a variante Delta da Covid-19. A cepa, também conhecida como B.1.617, surgiu na Índia e já foi identificada em mais de 80 países. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa é a nova variante dominante do coronavírus, devido a sua rápida disseminação e maior resistência à vacina.
Com 65% da população já vacinada, Israel já estava se vendo livre de restrições e medidas de segurança, mas com o novo surto o governo está em estado de alerta para que o vírus não se prolifere rapidamente. O ministro da Saúde israelense, Nitzan Horowitz, anunciou na segunda-feira que o governo vai aplicar multas nas pessoas que viajarem para países proibidos.
Estão na lista Brasil, Rússia, Índia, México, Argentina e África do Sul. O novo regulamento deve entrar em vigor nos próximos dias, mas por enquanto é só uma recomendação.
“Atualmente não é uma ordem, é um pedido”, disse o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, a repórteres.
O pedido para que os israelenses não viagem para o exterior surgiu porque o surto da nova variante teria começado com uma família que voltou do Chipre, país que não está na lista de risco. Para conter o avanço do vírus, os casos estão sendo confinados.