A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), autarquia do governo estadual, enviou ofício à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) com o objetivo de reafirmar declarações do diretor-presidente Antônio Carlos Tramm, referentes ao desempenho da VLI Multimodal na administração da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).
O dirigente questionou, conforme o jornal A Tarde, sobre a prorrogação da outorga em audiência pública, na qual lembrou a lacuna deixada pelo consórcio, desde o transporte de jazidas minerais até frutas, em contêineres, além do transporte de passageiros.
No documento, Tramm voltou a avaliar não ter tido qualquer benefício para a economia baiana ou desenvolvimento do sistema ferroviário durante o período de vigência do contrato de concessão; ao contrário, teria ocorrido insatisfação por parte dos usuários.
– A baixa demanda alegada pela concessionária é, na verdade, causada pela falta de trens! Não tem carga porque não se tem trem! – avalia Tramm, no documento oficial.
Para o dirigente do setor de mineração, na Bahia, em vez de projetos de modernização e de melhoria no atendimento dos usuários, “chama a atenção a imagem de abandono e sucateamento da nossa malha ferroviária, reflexo direto da falta de manutenção”.
Custo maior
Para Tramm, as adversidades chegaram ao exagero de serem retirados trilhos e dormentes no ramal do porto de Aratu, tendo como resultado do desmonte o uso de caminhões e carretas, com maior custo de diesel e fretamento.