A ausência de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, nas comemorações pela passagem do 7 de Setembro, em Brasília, não passou despercebida por articuladores políticos do governo. Lira chegou a confirmar presença no desfile ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas, mesmo depois de conseguir emplacar seu aliado André Fufuca (PP-MA) no Ministério do Esporte no lugar de Ana Moser, após dois meses de uma novela que parecia nunca ter fim, ele preferiu ficar em Alagoas.
“Nem Arthur, nem o primeiro vice Marcos Pereira e nem eu estávamos no palanque presidencial. A Câmara não foi representada em Brasília”, provocou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que é segundo vice-presidente da Câmara e ferrenho rival do PT. De qualquer forma, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que comanda o Congresso, estava lá.
Evangélico e aliado de Jair Bolsonaro, Sóstenes disse que Lira não pediu nem para ele nem para Pereira comparecerem ao desfile no seu lugar.
“E, mesmo que pedisse, eu não iria mesmo”, afirmou o deputado. Quando era um jovem estudante, Sóstenes já distribuiu panfletos do PT no Rio e usou botton com a estrela petista. “Já cometi essa loucura”, confidenciou à coluna Estadão.