Um ato virtual na sexta-feira (26) em defesa da democracia reuniu políticos de diversos partidos e artistas.
Entre os participantes do ato estavam o ex-prefeito de São Paulo e candidato a presidente pelo PT em 2018, Fernando Haddad, o candidato do PDT nas eleições de 2018, Ciro Gomes, a candidata da Rede à Presidência em 2018, Marina Silva, e os cantores Gilberto Gil e Zelia Duncan.
Governadores também participaram, entre os quais Eduardo Leite (PSDB-RS), Camilo Santana (PT-CE), Paulo Câmara (PSB-PE), Renato Casagrande (PSB-ES) e Flávio Dino (PCdoB-MA). Os ex-governadores Márcio França (SP) e Tarso Genro (RS) também discursaram, assim como presidentes de partidos, entre os quais Bruno Araújo (PSDB), Carlos Siqueira (PSB) e Carlos Lupi (PDT).
Segundo o G1, alguns parlamentares também participaram, entre os quais o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), e os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Tasso Jereissatti (PSDB-CE).
No discurso, Haddad afirmou que áreas como saúde, educação, meio ambiente e segurança estão “em risco” porque o presidente Jair Bolsonaro, em vez de “unir o país em torno de um projeto”, “comete crimes de responsabilidade semanalmente”.
“Este senhor que ocupa a Presidência da República ofende a saúde pública, ofende as instituições democráticas de uma forma tal que está completamente tipificado como crime de responsabilidade previsto na Constituição. Ele chegou a participar de atos públicos, durante a pandemia, pelo fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional”, afirmou.
Haddad defendeu ainda o afastamento de Bolsonaro, por meio de um processo no Congresso Nacional, e a restauração dos direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Candidato a presidente pelo PSDB nas eleições de 2006 e 2018, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin disse que o momento é de união e de defesa da democracia.
“É hora de deixar de lado os personalismos e nos unirmos em termos de valores, princípios, em defesa da democracia e em defesa do interesse público”, acrescentou.
Candidato a presidente nas eleições de 2002 (PPS) e de 2018 (PDT), o ex-governador do Ceará Ciro Gomes também participou do ato. Disse que em algum momento deverá haver o sentimento de “reconciliação” para entender o que levou a população a votar, em 2018, “nessa tragédia que estamos vivenciando”.
Citou ainda “urgências que o povo pede”, entre as quais: “Proteger as liberdades, para que os artistas se expressem sem censura, para que a empresa faça seu trabalho crítico sem violência, para que os partidos confrontem suas ideias, projetos e convicções sem o dessabor autoritário e para que as instituições funcionem exemplarmente. […] Haverá resistência, nunca mais haverá ditadura”.
Candidata a presidente nas eleições de 2014 (PSB) e 2018 (Rede), a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva disse que “a democracia é o único antídoto, sistema de defesa”. “Que a gente possa estar unidos em uma agenda que se qualifica na defesa da dignidade humana, da vida e da democracia”.