O movimento Vem pra Rua organizou neste domingo (4) um ato esvaziado contra a cassação do ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). A manifestação ocupou um trecho de uma faixa da avenida Paulista, em frente ao Masp, durante esta manhã.
O que aconteceu
Cerca de 100 pessoas compareceram ao protesto, segundo a Folha de S.Paulo. Apoiadores de Dallagnol, cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), levaram 345 balões pretos que representaram os quase 345 mil votos que o procurador da Lava Jato recebeu no Paraná. Alguns manifestantes caminharam com uma mordaça na boca, sugerindo que a liberdade de expressão está sob ataque no Brasil.
Eles pediram a reversão da perda do mandato do ex-deputado. Também ergueram cartazes contra a indicação de Cristiano Zanin, advogado do presidente Lula, ao STF (Supremo Tribunal Federal) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, com os dizeres “Fora, Xandão”. Também pediram a instauração da “CPI do abuso de autoridade do STF e TSE”.
O ato contou com a ausência de nomes fortes da direita e extrema-direita. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu que seus aliados não comparecessem à manifestação deste domingo. O MBL (Movimento Brasil Livre) também não apoiou. Deputados como Adriana Ventura (Novo-SP) e Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP) marcaram presença.
Manifestantes declararam que Dallagnol é “vítima de perseguição política”. Uma das organizadores do ato, Luciana Alberto, do Vem pra Rua, disse que a cassação do ex-deputado “foi o estopim de um sistema político corrompido, que não representa os anseios da população brasileira”, e ainda mencionou que o Brasil “vive sob uma ditadura”.
Além de São Paulo, o Vem pra Rua organizou o evento em várias cidades do país. Segundo o movimento, Deltan Dallagnol participará de um ato em Curitiba, neste domingo.