A Associação dos Professores Universitários da Bahia (Apub), a Associação dos Servidores da Universidade Federal da Bahia (Assufba) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) divulgaram para imprensa a realização de um ato público nesta próxima segunda (6).
A manifestação terá início na Faculdade de Educação (Faced), por volta das 11 horas, logo após a plenária ‘Em defesa da Universidade’, organizada pelos professores, com apoio de órgãos da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil.
A presidente da Apub-Sindicato, professora Raquel Nery, disse que os docentes receberam com muita indignação o corte de 30% anunciado pelo ministro da Educação para o orçamento da Ufba, em razão de “balbúrdias” que ele teria identificado, além de um suposto desempenho acadêmico pífio. Ao contrário do que disse o ministro, a Ufba é reconhecida em rankings internacionais entre as universidades mais produtivas.
– Vamos verificar os recursos de que dispomos para reagir à altura a esta atitude arbitrária, antidemocrática, autoritária – disse a presidenta.
A professora e dirigente sindical lembrou que a Ufba não é propriedade do MEC nem do ministro, e sim um bem público, que tem contribuído para a sociedade brasileira, e conta com apoio de várias outras universidades, além de entidades diversas. Para Raquel, a liberdade de manifestação, a atividade docente e de pesquisa não podem ser atacadas. Segundo ela, não só os professores foram atingidos, mas toda a comunidade acadêmica e a sociedade à qual serve.
Ação popular
A medida repercutiu em Brasília: a iniciativa do ministro inspirou uma ação popular por conta do corte de orçamento expressar censura aos alunos e professores, tornando-se vedada pela Constituição.