O nível de atividade econômica, representada pelo Produto Interno Bruto (PIB), da Bahia cresceu 4,7% no 3º trimestre de 2020, em comparação ao trimestre imediatamente anterior. Quando comparado ao trimestre de igual período do ano anterior, o PIB da Bahia apresentou retração de 4,1%.
Os dados foram divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) na última sexta-feira (4).
“O crescimento do PIB de 4,7% neste terceiro trimestre indica processo de recuperação da atividade econômica baiana, ainda em um contexto sanitário mundial atípico, da pandemia do Covid-19. Vale ressaltar que a Bahia liderou o Nordeste na geração de emprego formal em outubro, com saldo positivo de 16.437 postos de trabalho com carteira assinada”, destaca o secretário estadual do planejamento, Walter Pinheiro.
No 3º trimestre de 2020, o PIB totalizou R$ 74 bilhões, sendo R$ 64,4 bilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos, correspondente a 87% do PIB, e R$ 9,6 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. No que diz respeito aos grandes setores, a Agropecuária apresentou Valor Adicionado de R$ 6,3 bilhões; a Indústria, R$ 13,4 bilhões; e os Serviços, R$ 44,7 bilhões. A estimativa da SEI para a taxa de crescimento do PIB baiano para o final do ano é de -3,7%.
Os destaques positivos no terceiro trimestre do ano ficaram com a Agropecuária (+9,0%) e a Indústria, com taxa positiva de 2,9%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. A Agricultura apresentou crescimento em quase todas as culturas relevantes, segundo o calendário agrícola do estado. Mesmo com o advento da Covid-19 e seus impactos (restrição de colheitas, redução da mão de obra), o setor continua em plena expansão em sua produção física e a produção de grãos poderá ter uma estimativa de safra recorde no estado, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do mês de outubro.
A taxa positiva do setor industrial deve-se ao bom comportamento das atividades de eletricidade e água (+10,1%) – geração de energia hidrelétrica – e da construção civil (+9,9%), crescimento este associado também à produção familiar (pequenas obras). Também na comparação com o mesmo período do ano imediatamente anterior, o Valor Adicionado apresentou variação negativa (-3,8%) e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios caíram 5,8%.
O setor de Serviços apresentou recuo de 7,0% quando comparado com o igual período do ano anterior. Este foi o terceiro trimestre consecutivo com retração neste setor, entretanto já sinaliza uma leve desaceleração com relação ao segundo trimestre, quando apresentou queda de aproximadamente 10%.