A britânica AstraZeneca anunciou a aquisição da farmacêutica norte-americana Alexion Pharmaceuticals por US$ 39 bilhões, o maior acordo de sua história, para fortalecer sua posição em imunologia e doenças raras.
A operação foi anunciada na semana em que a AstraZeneca disse estar fazendo mais pesquisas para confirmar se sua vacina contra a Covid-19 poderia ser 90% eficaz, potencialmente atrasando o lançamento, enquanto a vacina da rival Pfizer foi lançada no Reino Unido e aprovada para uso nos Estados Unidos.
A empresa britânica disse no sábado (12) que os acionistas da Alexion receberiam US$ 60 em dinheiro e cerca de US$ 115 em ações – sejam ações ordinárias da AstraZeneca negociadas no Reino Unido ou American Depositary Shares negociados em dólar.
Com base no preço médio do ADR de referência, US$ 54,14, o valor total seria de US$ 175 por ação. Os papéis da Alexion fecharam por volta de US$ 121 cada onotem (11).
“É uma tremenda oportunidade para acelerar nosso desenvolvimento em imunologia, entrar em um novo segmento de doenças, um novo segmento de médicos e pacientes que ainda não conseguimos cobrir”, disse o presidente-executivo da AstraZeneca, Pascal Soriot, em uma coletiva de imprensa.
A empresa britânica disse que os conselhos de ambas as empresas aprovaram o acordo, que está sujeito à autorização dos acionistas e reguladores, e deve ser concluído no terceiro trimestre de 2021.
A AstraZeneca já foi vista como uma líder na corrida para desenvolver a vacina da Covid-19, mas ficou atrás da Pfizer e de sua parceira BioNTech, assim como da Moderna, cujas vacinas mostraram eficácia maior nos últimos estágios dos testes clínicos.