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sábado 26 de dezembro de 2020 às 07:49h

Astrazeneca anuncia remédio para tratar quem pegou Covid-19: evita infecção

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Cientistas britânicos testam uma nova droga que poderia impedir quem pegou o coronavírus de desenvolver a covid-19, doença causada pelo vírus.

O remédio, conhecido como AZD7442, envolveria uma combinação de anticorpos de longa ação.

Em vez de anticorpos produzidos pelo organismo para combater a infecção, a droga usa anticorpos monoclonais criados em laboratório.

Evita infecção

Seria capaz de prover imunidade instantânea contra a doença. Poderia ser ministrada como tratamento emergencial para conter surtos da doença em hospitais e asilos, por exemplo.

Ainda, seria uma forma de conter o número de mortes e complicações causadas pela covid-19 enquanto não há vacinas para imunizar toda a população.

Quem desenvolve a droga é a AstraZeneca, mesma empresa que pesquisa a vacina contra o coronavírus comprada pelo governo federal do Brasil.

Também estão envolvidos no projeto os UCLH – Hospitais da Universidade College Londres.

Os documentos sobre o ensaio clínico enviado aos EUA mostram que é investigada “a eficácia do AZD7442 para profilaxia pós-exposição da covid-19 em adultos”.

Esse tratamento impede que o vírus se acople às células humanas.

“A proteína da espora do Sars-CoV-2 contém o RBD (domínio de receptor-obrigatório) do vírus, que possibilita ao vírus unir-se aos receptores em células humanas. Mirando a essa região da proteína da espora do vírus, anticorpos podem impedir o vírus de se acoplar em células humanas, e assim poderia bloquear a infecção”, detalha o documento.

Impede desenvolvimento da doença

Se tiver a eficácia comprovada, o remédio deve ser tomado até o 8º dia da exposição ao coronavírus.

Ajudaria a impedir o desenvolvimento da doença por até 12 meses.

Os participantes dos testes têm recebido duas doses da droga.

Os estudos receberam o nome de “Storm Chaser”, ou “Caçador de Tempestade”.

Previsão

Seria possível ter a droga até março ou abril de 2021, se aprovado pelas agências reguladoras de medicamentos depois de ter os estudos revisados.

Os testes são feitos em UCLH, outros hospitais britânicos e uma rede de 100 outros lugares pelo mundo.

A ideia é descobrir se o remédio protege pessoas com o sistema imune comprometido, como é o caso de quem faz quimioterapia.

Esse estudo recebeu o nome de “Provent”. Tanto esse quanto o Storm Chaser estão na fase 3, a última dos testes de medicamentos.

Os 2 ensaios no novo centro de pesquisas em vacinas dos UCLH foram financiados pelo braço de pesquisas do NHS – Nacional Health Service, equivalente do SUS no Reino Unido.

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