O asteroide 16 Psyche, descoberto em 1852 pelo astrônomo italiano Annibale de Gasparis, está repleto de metais preciosos e pode valer mais de US$ 10 quintilhões (R$ 52,3 quintilhões), confirmam novas medições de temperatura feitas em sua superfície.
Esse valor é quase um milhão de vezes maior que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020, que foi de R$ 7,4 trilhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Claro, só se imagina um valor como esse caso se conseguisse monetizar toda a riqueza que os cientistas calculam que tenha.
O Psyche mede cerca de 226 km de largura e orbita o Sol no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, região que contém mais de um milhão de rochas espaciais.
A Nasa planeja enviar uma missão para estudar o asteroide metálico em 2026, numa tentativa de determinar suas origens – acredita-se que possa ter-se originado do núcleo de um planeta antigo.
Para ajudar nessa missão, um novo mapa de temperatura da superfície de Psyche foi criado por uma equipe da Universidade de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena, nos Estados Unidos, para fornecer informações sobre suas propriedades estruturais. Os resultados constam de estudo publicado na última quinta (5/8) no jornal científico The Planetary Science Journal.
Normalmente, as imagens infravermelhas de uma rocha espacial fornecem um único pixel de dados, mas usando o observatório Atacama Large Millimeter/Submillimeter Array (ALMA), instalado no Chile, os pesquisadores foram capazes de obter uma resolução de 50 pixels e aprender mais sobre a superfície da rocha espacial.
Como explica o tabloide britânico Daily Mail, normalmente, as observações térmicas feitas da Terra, que medem a luz emitida pelo próprio objeto espacial, são registradas em comprimentos de onda infravermelhos e podem produzir apenas imagens de um pixel.
No entanto, esse único pixel contém muitas informações sobre um asteroide, como a inércia térmica ou a velocidade com que ele se aquece na luz do Sol e esfria na escuridão.