Embora mantenha a dianteira nas intenções de voto para a eleição para o governo da Bahia em 2022, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) pode encontrar um cenário mais apertado com uma variável na disputa: a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha de seu adversário, Jaques Wagner (PT), no ano que vem. É o que mostra levantamento do instituo Paraná Pesquisas divulgado nesta quarta-feira (11).
Em dois cenários apresentados aos entrevistados, ACM Neto lidera com folga, com mais que o dobro das intenções de voto de seu principal concorrente, o ex-governador Jaques Wagner. Embora tenha sido reeleito e feito seu sucessor, Rui Costa, o petista amplia suas chances e encosta no candidato do DEM quando seu nome é associado ao de Lula.
No primeiro cenário, ACM Neto tem 50% das intenções de voto contra 24,1% de Wagner. Bem atrás deles estão a médica Raíssa Soares (3,7%), o ministro da Cidadania do governo Bolsonaro, João Roma (3%), Marcos Mednes (1,3%) e Alexandre Aleluia (1%) – nenhum/branco/nulo somam 11,7% e não sabe/não respondeu, 5,2%.
Com apenas três nomes na disputa, ACM Neto amplia a vantagem e chega a 52,3% das intenções de voto contra 25,4% de Jaques Wagner e 4,5% de João Roma – nenhum/branco/nulo são 11,9% e não sabe/não respondeu, 5,9%.
Entretanto, a disputa fica mais apertada quando o instituto apresenta o apoio dos presidenciáveis aos candidatos ao governo: ACM Neto “com apoio de Ciro Gomes” soma 37,9% enquanto Jaques Wagner, “com o apoio de Lula” encosta e chega a 35%. João Roma “com o apoio de Bolsanaro” alcança os dois dígitos e tem 13,7% das intenções de voto – nenhum/branco/nulo são 8,8% neste cenário e não sabe/não respondeu, 5,9%.
Aprovação
O instituto mediu a popularidade do governador Rui Costa (PT), que apoiará Wagner à sua sucessão: 50,9% dos baianos consideram a administração petista ótima ou boa; 27,1% a considera regular e 20,3% acham ruim ou péssima — não sabe/não opinou soma 1,6%. Quanto à aprovação, 66% aprovam a gestão de Costa enquanto 28,9% a desaprovam — 5,1% não sabe/não opinou.
Em relação ao presidente Jair Bolsonaro a situação é o contrário: 22,9% consideram o governo federal ótimo ou bom; 20% acham regular; 56% classificam a administração do capitão ruim ou péssima — 1,2 não sabe/não opinou. Desaprovam o governo Bolsonaro 62,7%, aprovam, 32,7% e 4,6% não sabe/não opinou.
O instituto ouviu 2.008 eleitores entre os dias 4 e 7 de agosto através de entrevistas telefônicas. A margem de erro é estimada em dois pontos para mais ou para menos.