A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) completa 90 anos nesta segunda-feira (17) e, para marcar a data, a partir das 10h vai acontecer uma cerimônia para mostrar a reimplantação do Museu de Imprensa, um lugar para reviver e contar todos os dias a história da imprensa da Bahia.
Por causa da pandemia do novo coronavírus no estado, a cerimônia será transmitida ao vivo, através do Facebook e Youtube, obedecendo todas as medidas preventivas contra a doença.
Conforme a assessoria, o equipamento cultural fundado pela ABI há 43 anos passou por reestruturação completa, ganhou novo espaço e um Laboratório de Conservação e Restauro. Após quase uma década sem área de exposição, uma mostra está sendo montada para marcar a instalação do Museu no térreo do Edifício Ranulfo Oliveira, na Praça da Sé, localizada no Centro Histórico de Salvador. O arquiteto responsável pelo local é Augusto Ávila.
A curadoria do museu é do jornalista e pesquisador Nelson Varón Cadena, autor do livro “Cronologia da Associação Bahiana de Imprensa. 1930-1980”. Atualmente ele assume o papel que em 1975 foi desempenhado pela museóloga Lygia Sampaio, a convite da escritora, folclorista e jornalista Hildegardes Vianna.
Hildegardes mobilizou e geriu todas as doações de acervo que possibilitaram a montagem do Museu inaugurado em 10 de setembro de 1976, durante a gestão de Afonso Maciel, quarto presidente da ABI. A primeira exposição do Museu contou a história de jornalistas e dos fundadores da ABI.
Para a mostra que marca os 90 anos da entidade, o colombiano e autor de 10 livros sobre a história da mídia e história da Bahia, Nelson Cadena realizou pesquisa histórica, de imagens e textos, fez o planejamento, a seleção das imagens e elaboração dos textos informativos dos painéis.
Sobre a Associação Bahiana de Imprensa
O prédio da ABI recebe muitos estudantes dos cursos de História e Arquitetura, por causa da edificação moderna estilo Le Corbusier, com uma fachada de janelas contínuas, estruturas em pilotis, cobogós e um terraço com um painel de Mário Cravo Júnior.
A ABI possui livros raros e documentos históricos, um conjunto formado por coleções de revistas especializadas, jornais, fotografias, além das bibliotecas pessoais de jornalistas como Jorge Calmon, João Falcão e Berbert de Castro.
As obras são divididas entre o Museu de Imprensa e a Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon e procedem também do acervo de outros personagens centrais para a história da imprensa e do cinema baianos, como o cineasta Walter da Silveira.
As obras são divididas entre o Museu de Imprensa e a Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon e procedem também do acervo de outros personagens centrais para a história da imprensa e do cinema baianos, como o cineasta Walter da Silveira.
A preservação desses materiais é responsabilidade da técnica em restauro Marilene Oliveira e a museóloga Renata Ramos, que realiza todas as intervenções referentes à conservação, restauração e tratamento arquivístico da rara documentação sob a tutela da ABI. E isso inclui o material que compõe o acervo da Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon, gerida pela bibliotecária da ABI, Valésia Oliveira.
Até chegar às prateleiras e expositores, os documentos passam por três etapas: o diagnóstico, para verificar o estado de preservação dos arquivos; a higienização; e o restauro dos que forem necessários.
Depois, as profissionais realizam o acondicionamento do material. Toda a documentação do Museu de Imprensa, antes em armários e estantes na sede da ABI, foi transferida para as novas instalações do Museu de Imprensa.