Em sua primeira delação, o ex-ministro disse que o ex-presidente recebeu propina em espécie da Odebrecht
A assessoria de Luiz Inácio Lula da Silva divulgou uma nota na noite desta última sexta-feira (18) contestando as acusações de Antônio Palocci contra o ex-presidente. Em sua primeira delação, no âmbito da Lava Jato, o ex-ministro afirmou que Lula recebeu dinheiro em espécie como propina por parte da Odebrecht.
A assessoria de Lula classificou as falas de Palocci como “caluniosas” e disse que “nenhum dos delatores, beneficiados com reduções de pena e até mesmo com milhões, apresentou alguma prova sequer contra o ex-presidente”.
Além disso, a comunicação de Lula disse, sem citar nome, que divulgação da delação de Palocci “só serve para desviar o foco de investigações em curso, contra futuro senador, repleta de provas documentais”. A nota se refere a Flávio Bolsonaro e ao caso Fabrício Queiroz.
Confira a íntegra da nota da assessoria de Lula
A Lava Jato tem quase 200 delatores beneficiados por reduções de pena. Para todos perguntaram do ex-presidente Lula. Nenhum apresentou prova nenhuma contra o ex-presidente ou disse ter entregue dinheiro para ele. Antônio Palocci, preso, tentou fechar um acordo com o Ministério Público inventando histórias sobre Lula. Até o Ministério Público da Lava Jato rejeitou o acordo por falta de provas e chamou de “fim da picada”.
Mas o TRF-4 decidiu validar as falas sem provas de Palocci, que saiu da prisão e foi para a casa, com boa parte de seu patrimônio mantido em troca de mentiras sem provas contra o ex-presidente. O que sobra são historinhas para gerar manchetes caluniosas.
Todos os sigilos fiscais de Lula e sua família foram quebrados sem terem sido encontrados valores irregulares. Há outros motoristas e outros sigilos que deveriam ser analisados pelo Ministério Público, que após anos, segue sem conseguir prova nenhuma contra Lula, condenado por “atos indeterminados”. Curiosa a divulgação dessa delação sem provas justo hoje quando outro motorista ocupa o noticiário.