domingo 22 de dezembro de 2024
Maria Quitéria, Maria Felipa e Joana Angélica se destacaram no século XIX nas lutas para vencer as tropas portuguesas — Foto: Arte/g1
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sábado 2 de julho de 2022 às 07:05h

As mulheres que fizeram história na Independência do Brasil na Bahia

2 de Julho, DESTAQUE, NOTÍCIAS


Os baianos hoje podem cantar no 2 de Julho que “nunca mais o despotismo regerá nossas ações”. Para isso, mulheres como Maria Quitéria, Maria Felipa e Joana Angélica contribuíram na luta e foram determinantes na luta da Independência do Brasil na Bahia.

Também existe a figura da cabocla, que junto com o caboclo, é um dos principais símbolos da Independência do Brasil na Bahia. Ela representa a índia Catarina Paraguaçu e a figura feminina nas lutas.

Maria Quitéria

Maria Quitéria — Foto: G1/Reprodução
Maria Quitéria — Foto: Reprodução

Maria Quitéria é conhecida por lutar vestida de homem para ajudar o exército a expulsar as tropas portuguesas da Bahia. Ela saiu de casa escondida do pai viúvo e usou a farda que pegou do cunhado.

Por seu ato de bravura e ousadia, ficou conhecida como “soldado Medeiros” e se tornou um dos ícones da Independência do Brasil na Bahia.

De acordo com o registro da Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento e Sant’Ana, no bairro de Nazaré, em Salvador, aonde seus restos mortais estão sepultados, Maria Quitéria foi sepultada no local em 21 de agosto de 1853, aos 56 anos. Ela morreu após ser vítima de uma inflamação no fígado.

Maria Felipa

Maria Felipa comandou mulheres que conseguiram expulsar tropas portuguesas da Ilha de Itaparica — Foto: Filomena Modesto Orge/Arquivo Público do Estado da Bahia
Maria Felipa comandou mulheres que conseguiram expulsar tropas portuguesas da Ilha de Itaparica — Foto: Filomena Modesto Orge/Arquivo Público do Estado da Bahia

Maria Felipa comandou mulheres que conseguiram expulsar tropas portuguesas da Ilha de Itaparica — Foto: Filomena Modesto Orge/Arquivo Público do Estado da Bahia

Maria Felipa ficou na história da Bahia porque comandou cerca de 40 mulheres na luta pela independência do Brasil no estado. Baiana, negra, natural da Ilha de Itaparica, segundo relatos históricos, o grupo liderado por ela foi responsável por queimar 42 embarcações portuguesas.

Além disso, há também sobre o a lenda da surra de cansanção (vegetal que provoca urtiga e sensação de queimadura ao toque com a pele) que Maria Felipa teria dado em homens portugueses.

Sobre Maria Felipa, historiadores apontam que existem relatos de que seus restos mortais estejam na Igreja do São Lourenço, na Ilha de Itaparica. Ela morreu no dia 4 de julho de 1873.

Joana Angélica

Joana Angélica foi morta por portugueses no Convento da Lapa — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Joana Angélica foi morta por portugueses no Convento da Lapa — Foto: Reprodução/Redes Sociais

A abadessa Joana Angélica foi mártir na luta pela independência do Brasil na Bahia. Ela se destacou pela bravura e coragem ao enfrentar tropas portuguesas dispostas a invadir o Convento da Lapa, localizado no centro da cidade de Salvador.

O Convento foi construído em 1744 e o local também pode ser visitado. Soteropolitana, Joana Angélica de Jesus nasceu em Salvador no ano de 1761 e morreu em 1822, assassinada pelas tropas portuguesas quando tentava proteger o local.

Ao lado da porta onde Joana Angélica foi morta, uma placa do Instituto Geográfico da Bahia foi instalado em homenagem a ela. No entanto, com uma falha, apesar de exaltar a abadessa com uma heroína, a data do confronto está errada, 20 de fevereiro de 1822.

Figura da cabloca

Imagem da Cabocla é símbolo dos festejos do Dois de Julho — Foto: Alan Oliveira/Ibahia
Imagem da Cabocla é símbolo dos festejos do Dois de Julho — Foto: Alan Oliveira/Ibahia

A cabocla, junto com o caboclo, é um dos principais símbolos da Independência do Brasil na Bahia. Também é um dos ícones da participação popular nas lutas.

A imagem da cabocla, representa a índia Catarina Paraguaçu e a figura feminina nas lutas pela independência. Ela surgiu em 1840 ou 1849 (há controvérsias quanto à data precisa), quase 20 depois do caboclo, que representa os índios e mestiços baianos, e foi esculpido por Manoel Inácio da Costa.

A cabocla e o caboclo são abrigados no pavilhão Dois de Julho, no Largo da Lapinha. Durante todo o ano, os carros saem do pavilhão com as imagens do caboclo e da cabocla, em direção ao Campo Grande, centro da cidade.

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