A presidente do Mulher Democratas na Bahia, Iris Azi, afirmou na última quinta-feira (24), durante lançamento da Frente Suprapartidária da Mulher Baiana, que o público feminino gosta e quer fazer política. Ela defende o fortalecimento das instâncias partidárias femininas, de forma a permitir que as mulheres sejam capazes de criar programas de formação, debates e reflexões sobre políticas públicas.
“No Brasil, 46% dos filiados aos partidos políticos são mulheres. Então aquela história de que mulher não gosta de política não é verdade. A gente gosta e quer fazer política. E a gente sabe que o olhar da mulher é fundamental para pensar de forma mais completa as políticas públicas de um município, de um estado e de um país”, afirmou.
Segundo ela, estudos feitos pelo mundo mostraram que as organizações, sejam elas empresas ou mesmo organizações públicas, só passam a sentir os benefícios da incorporação de mulheres quando elas ultrapassam o patamar de 30% nas esferas de decisão. Iris ainda pontuou que, na América Latina, o Brasil só fica à frente do Haiti na quantidade de mulheres que ocupam a política.
Ela ainda ressaltou que o Democratas lançou recentemente um amplo programa de aceleração de lideranças femininas na Bahia. “É algo que todos os partidos precisam fazer porque todos os partidos são a porta de entrada das mulheres para o sistema político. E essas portas precisam estar abertas para que a mulher se sinta confortável para estar ali, crescer e se fortalecer”, frisou.
Sobre a frente – A Frente Suprapartidária da Mulher Baiana foi lançado o Encontro Nacional de Legislativos Municipais e Fórum Nacional da Mulher Parlamentar, promovido pela União de Vereadores da Bahia. Participaram Mabel Amaral, ex-diretora da UVB Bahia e vice-presidente do Mulher Democratas na Bahia, o presidente da UVB Brasil, Gilson Conzatti, e a presidente da UVB Bahia, Edylene Ferreira.
A proposta da frente é compor um coletivo de mulheres de diversos partidos a fim de promover o protagonismo da mulher na política, através do diálogo entre os órgãos de ação partidária femininos, para buscar maior engajamento em torno das pautas de interesse das mulheres, mais investimentos na capacitação e formação de novas lideranças, e maior presença feminina nos espaços de poder e nos mandatos eletivos.