As festas juninas deste ano devem render a compositores e artistas cerca de R$ 13 milhões em direitos autorais de execução pública, de acordo com uma estimativa do Ecad.
Mas essa grana segundo a coluna de Lauro Jardim, do O Globo, não vai chegar nas contas-correntes dos artistas.
Motivo: parte desse valor deveria ser proveniente do pagamento feito por prefeituras, principalmente no Nordeste, responsáveis pelos arraiáis que acontecem em centenas municípios nessa época; mas há pelo menos duas décadas, as principais festas de São João do país não pagam esses direitos.
Campina Grande (PB), Petrolina (PE) e Maceió (AL) são três exemplos de cidades adeptas do calote. A cidade paraibana deveria pagar cerca de R$ 1 milhão neste ano.
Das prefeituras que realizam eventos juninos gratuitos, 73 estão inadimplentes.
Em 2023, o Ecad arrecadou R$ 12,1 milhões em direitos autorais de festas juninas, sendo R$ 5 milhões referentes ao pagamento feito pelas prefeituras de 238 municípios.
O Brasil tem 5.568 municípios: mais de 50% estão inadimplentes na organização de eventos para o público.