As críticas do procurador-geral da República, Augusto Aras, à força-tarefa de Curitiba deram segundo a coluna de Bela Megale, uma nova munição para que deputados voltem a trabalhar pela instauração da CPI da Lava-Jato.
Hoje, a única coisa que falta para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito é a leitura do requerimento em plenário pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia, porém, tem dito a interlocutores não há previsão para que isso aconteça e que só vai instaurar o procedimento se houver ampla maioria na Casa.
O pedido para criar uma CPI para investigar possíveis ilegalidades dos procuradores da Lava-Jato foi protocolado há quase 11 meses. O documento se baseou nas mensagens trocadas por procuradores da operação divulgadas pelo site “The Intercept”. As mais de 171 assinaturas exigidas para abrir o procedimento já foram validadas.
– Aras fez denúncias graves. Com elas, se criou um ambiente de quase uma exigência institucional para investigar a atuação da força tarefa de Curitiba – disse Paulo Pimenta (PT-RS), um dos deputados que assinou o pedido de criação da CPI.
Na terça-feira (28), o procurador-geral afirmou que a força-tarefa de Curitiba é uma “caixa de segredos” e que foram descobertos 50 mil documentos da operação que antes estavam “invisíveis”.