No Palácio do Planalto há quem articule a queda do ministro Paulo Guedes para o segundo semestre.
A ideia, entretanto segundo a coluna de Lauro Jardim, não seria uma demissão ruidosa. Mas uma separação consensual, não litigiosa, para não assustar o mercado financeiro.
Para que essa operação caminhe seria necessária a aprovação pelo Congresso de duas reformas econômicas caras a Guedes. Assim, conforme o colunista, ele poderia sair de cena exibindo troféus.
O nome dos sonhos dessa turma para o lugar de Paulo Guedes é: Luiz Carlos Trabuco, presidente do conselho do Bradesco, e alguém que agradaria em cheio o mercado financeiro. Em 2014, logo depois de vencer a eleição para o seu segundo mandato, Dilma Rousseff convidou Trabuco para assumir a Fazenda. Ouviu um “não”.
É sempre obrigatório repetir que essas articulações só caminham se tiverem o o.k. do chefe, Jair Bolsonaro.
Por enquanto, não há indicação concreta que Bolsonaro queira terminar sua “união estável” — expressão dele — com o Posto Ipiranga.
Mas é fato que Guedes está sem aliados no governo. Mais do que isso, conta com adversários de peso.