As articulações na Câmara e no Senado influenciaram na crise entre o presidente Jair Bolsonaro e a cúpula do Banco do Brasil, que anunciou na última semana proposta de fechar 112 agências e desligar 5 mil funcionários. O que dizem internamente no banco é que houve um erro de estratégia.
O momento foi errado porque, conforme a coluna Esplanada, com a eleição no Congresso, começou uma enorme pressão de deputados e senadores em cima de Bolsonaro para não fechar algumas agências, além de pedidos de cargos no BB.
Bolsonaro atua para fazer o sucessor de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara. Foram deputados que apoiam o candidato do Planalto, Arthur Lira (PP-AL), que mais criticaram o anúncio do programa de enxugamento do BB.
A crise arrefeceu, mas o presidente da instituição, André Brandão, permanece sob fritura. O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que indicou Brandão, atuam como bombeiros para mantê-lo no cargo.