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segunda-feira 16 de janeiro de 2023 às 11:25h

Arthur Lira sobre decisão de investigar Bolsonaro: ‘Meu CPF é um, o dele é outro’

DESTAQUE, NOTÍCIAS, POLÍTICA


Alexandre de Moraes, do STF, determinou a inclusão de Jair Bolsonaro no inquérito sobre a autoria dos atos golpistas que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Questionado por

Leonardo Martins, do UOL,  sobre essa decisão, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), respondeu que “cada um responde pelo que faz”.

“O meu CPF é um. O do presidente é outro. Nossa fala não muda: Todos que praticaram e contribuíram para esses atos de vandalismo devem ser severamente punidos.”

Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados

Lira foi aliado de Bolsonaro nas últimas eleições, quando ele foi derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Todos que tiverem responsabilidade vão responder. Inclusive parlamentares que andam difamando e mentindo, com vídeo, dizendo que praticamente houve inverdades nas agressões que a Câmara dos Deputados sofreu em seu prédio. Então esses deputados serão chamados à responsabilidade, porque todos viram.”

O STF acatou pedido da Procuradoria-Geral da República, que vê o ex-presidente como suspeito de incitação ao crime após ter postado vídeo questionando as eleições dias depois dos ataques terroristas. Três horas depois, ele deletou a publicação.

Lira esteve hoje no 6º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, próximo à Câmara dos Deputados. Ele acompanhou a visita da governadora do DF em exercício, Celina Leão, e do interventor federal, Ricardo Cappelli.

Cappelli comentou sobre o conhecimento prévio por parte dos terroristas das salas localizadas em cada prédio.

Há indícios, e a investigação está apurando, de que as pessoas que invadiram tanto a Câmara quanto o Palácio do Planalto tinham conhecimento dos locais, conheciam a planta. Isso a investigação está apurando e irá nos auxiliar a identificar essas pessoas.”

Ricardo Cappelli, interventor federal no DF

Celina Leão relatou dois projetos para o batalhão após a invasão aos prédios públicos:

  • Aumentar o efetivo de policiais presentes neste batalhão próximo ao Congresso Nacional. Hoje, são 248 homens, e o objetivo é dobrar o efetivo para 500 agentes;
  • Aumentar o orçamento previsto para pagamento de PMs que fazem trabalho de forma voluntária. Hoje, o DF empenha R$ 148 milhões, e a ideia é mover R$ 300 milhões para pagamento de agentes.

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