Arthur Lira (PP-AL) vem acumulando feitos inéditos. Após se reeleger para o terceiro mandato como o deputado federal mais votado de Alagoas, ele alcançou a reeleição no comando da Câmara dos Deputados atingindo uma marca recorde – levou 464 dos 513 votos, relembra Marcela Mattos, da Veja.
Dentro do Congresso, a carreira política do deputado já virou alvo de especulação, e não são poucos os parlamentares que avaliam quais serão os próximos passos de Lira. Por ora, o cenário tido como mais provável é que o deputado arrisque um mandato diferente nas eleições de 2026, disputando uma cadeira no Senado.
Serão abertas duas vagas, e é esperado que o senador Renan Calheiros (MDB-AL), principal adversário político de Lira, tente a reeleição – a dupla Lira-Calheiros é vista hoje como nomes certos de alcançar a vitória.
Há, porém, quem acredite que Lira pode usar o comando da Câmara para tentar voos mais altos. Um aliado de primeira hora do deputado alagoano não descarta a possibilidade de ele entrar na corrida como candidato a vice-presidente – e o cabeça de chapa, nesse caso, seria apenas detalhe.
O cálculo feito é o de que, se a federação que unirá o União Brasil e o PP sair do papel até as próximas eleições majoritárias, a legenda vai ter ativos indispensáveis: mais de 100 deputados, o domínio de uma relevante fatia do tempo de televisão e recursos que ultrapassam a cifra do bilhão. “Não tem como não estar em uma chapa. Se não tiver com um candidato, está com o outro”, avalia um articulador da federação.
Há ainda a avaliação que Lira pode avançar também na função de dirigente partidário e assumir o controle do PP (ou da federação), hoje sob o domínio do senador Ciro Nogueira (PP-PI). A continuidade de Nogueira na política, ao contrário da de Lira, é tida segundo a Veja, ainda como incerta.