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quinta-feira 18 de agosto de 2022 às 17:38h

Arthur Lira diz que quem critica emenda do relator não conhece realidade dos municípios

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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez na tarde desta quinta-feira (18) uma forte defesa da emenda do relator, que ficou conhecida como “orçamento secreto”, enquanto participava do BTG Macroday, evento do banco BTG Pactual. A defesa feita por Lira se deu na esteira da lembrança da mediadora do evento de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria dito que, se for eleito, vai acabar com a tão contestada emenda.

Os críticos alegam falta de transparência na alocação de verbas públicas direcionada aos parlamentares e dão conta de que o processo acaba beneficiando setores específicos e beneficiando apadrinhados políticos dos deputados e senadores. Para o deputado, quem critica a emenda do relator não conhece a realidade dos municípios.

“Primeiro, eu trato isso de frente. Com muita transparência sempre defendi isso porque isso é muito mal empregado pela imprensa, que tenta desvirtuar um trabalho muito importante”, disse reforçando que jornalistas que irão a Alagoas vão poder ver, fotografar e filmar as transformações que os recursos da Emenda do Relator fizeram nas vidas de comunidades carentes que precisam do Estado para transformar suas vidas.

De acordo com Lira não é possível olhar para um Orçamento de R$ 3 trilhões e ver só os R$ 16 bilhões da Emenda. “Estamos falando de 0,03% do Orçamento total”, queixou-se o deputado.

“Se você for ver o que o Congresso faz nos Estados Unidos e os demais Congressos fazem mundo afora, a nossa interferência é mínima”, defendeu Lira. “Eu comecei aqui falando em desindexar e desvincular. A gente não pode olhar para a ponta do rabo do cachorro e achar que ela está balançando a orelha lá na frente”, disse o presidente da Câmara dos Deputados. Segundo ele, o governo tem que ter a coragem de entrar nessa discussão para sobrar para ele Orçamento já que a questão ai é orçamentária, uma vez que recursos existem, para fazer os investimentos que o Brasil precisa.

Ainda de acordo com Lira, no modelo que tinha antes o presidente eleito nomeava 20 ministros para gerir o Orçamento. “Se você é um ministro da Saúde, por mais competente que você seja, não conhece e não sabe das necessidades da população e o parlamentar tinha que passar cinco horas, dez horas na sala de um ministro com um pires na mão e um ministro que não fez concurso, não disputou votos é que decide para onde vai todos os recursos do Brasil na sua área. Não é correto”, criticou.

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