Arqueólogos italianos e norte-americanos descobriram uma espécie de “bar” usado na Antiga Mesopotâmia e que tem cerca de cinco mil anos. A área é como um local de alimentação e bebidas a céu aberto, com bancos, fornos, equipamentos de conservação de comida e uma espécie de sistema de refrigeração para manter os itens gelados.
A pesquisa foi liderada por especialistas das universidades de Pisa, na Itália, e da Pensilvânia, nos EUA, e os arqueólogos estimam que ela foi utilizada em 2.700 a.C.. A localidade onde fica o estabelecimento é considerada uma das mais importantes da Mesopotâmia e era conhecida como Lagash.
“O achado lança nova luz sobre o estudo da alimentação e da cozinha da Mesopotâmia, até agora conhecida e aprofundada apenas por meio de testes, que não cobrem todos os períodos mais antigos dos sumérios”, explica a professora de Arqueologia e História da Arte do Antigo Oriente Próximo da Universidade de Pisa, Sara Pizzimenti.
Segundo a especialista, “dentro de um local público para a produção, distribuição e consumo de alimentos, que deviam ser servidos no grande pátio com bancos, encontramos mais de uma centena de tigelas com restos de comida, junto a dispositivos para a conservação de bebidas e alimentos”.
A área, que recebeu diversos nomes ao longo dos séculos, compreende cerca de 400 hectares de extensão e chegou a ser capital de um dos estados mais importantes da Mesopotâmia.
Ocupada a partir do quinto milênio antes de Cristo, e em grande parte abandonada em 2.300 a.C., foi uma das principais localidades para o comércio da região, sede também de uma intensa produção artesanal e com uma área de agricultura.
Além do valor arqueológico, a descoberta da taverna mostra ainda detalhes da vida comum da população, que provavelmente, era ligada às atividades artesanais da produção cerâmica.