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Depressão em zona costeira da Era Viking continha restos de rampa de barco de madeira no fundo e ferramentas para trabalhar madeira (Foto: Paul Parker/Universidade de Estocolmo )
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segunda-feira 4 de julho de 2022 às 13:18h

Arqueólogos descobrem estaleiro viking que derruba teorias anteriores sobre atividades navais

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Arqueólogos descobriram que a cidade de Birka, na Suécia, abrigou um porto viking. A descoberta, comandada por cientistas da Universidade de Estocolmo, mudou a visão que os historiadores tinham sobre a capacidade naval e o desenvolvimento das atividades marítimas dos antigos povos germânicos que habitavam a Escandinávia.

 

 

Descoberta revela grande capacidade comercial dos vikings; Local fica a 30 quilômetros da capital sueca, Estocolmo.

 

O leito das águas abrigava uma série de equipamentos e ferramentas avançadas de navegação e construção, o que indica que o local era um verdadeiro estaleiro. Além disso, através da análise dos leitos, os pesquisadores conseguiram mapear rotas e estabelecer uma dimensão para o porto, cuja idade é estimada entre 1300 e 1000 anos.

“Um sítio como este nunca foi encontrado antes, é o primeiro de seu tipo, mas as descobertas mostram de forma convincente que era um estaleiro”, diz Sven Isaksson, professor de ciências arqueológicas da Universidade de Estocolmo e líder do projeto.

“Os achados de artefatos da área mostram com grande clareza que é aqui que as pessoas serviram seus navios”, acrescentou.

Como se sabe, os vikings viajaram para diversas regiões da região do norte do planeta, e existem registros de sua chega às Américas muito antes dos portugueses, com um intercâmbio cultural com os povos inuítes.

A partir da investigação de Birka, os cientistas poderão explorar com mais profundidade o trabalho destes homens e mulheres, longe da mitologia e perto da realidade material dos fatos.

Birka era uma fortificação já conhecida pelos pesquisadores, mas o porto em suas águas indica que ela também poderia abrigar outros povos que vinham de fora das aldeias vikings.

“Alguém poderia pousar em qualquer lugar, ou importava se estava dentro ou fora da muralha da cidade? Há muito o que refletir aqui. Mas para nós, a investigação não termina com o trabalho de campo, continuamos no laboratório. Ao usar técnicas analíticas de laboratório, obtemos mais informações do material de origem fragmentado do que seria possível”, diz Isaksson.

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