Ao defender o direito de as pessoas terem armas em casa, em sessão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), avaliou que a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PSL) se deu “principalmente” porque o povo quer “recuperar o direito à legítima defesa”.
“A sociedade votou para recuperar esse direito”, alegou o ministro, referindo-se a ações de governos anteriores que desarmaram, em seu entendimento, a população.
Experiência própria
Em sua explanação inicial, Onyx relatou uma sequência de crimes bizarros que teve notícias em sua vida e que, no seu entender, poderiam ser evitados se as vítimas estivessem armadas. Um dos crimes relatados pelo ministro foi uma experiência própria: ele sustentou ter estado sob risco de levar um tiro em uma região do vital do corpo. “Se pegasse no meu femural, na minha jugular, ou no meu abdome, eu não estaria aqui”, argumentou.
“Essa é a escolha”, disse o ministro aos deputados, referindo-se a “matar” ou “morrer”. Ao falar de sua crença, reagiu a protestos de deputados evangélicos que não concordam com decreto do presidente. “Também sou um homem de Deus”, disse.