Um relógio de bolso, feito de platina e diamantes, da grife Patek Philippe era um dos itens mais usados pelo gangster
Itens pessoais de Al Capone, o chefe do crime da época da Lei Seca nos Estados Unidos, anunciado como “Inimigo Público Nº 1”, foram vendidos por mais de R$ 17 milhões (US$ 3,1 milhões) durante um leilão privado, incluindo sua suposta arma favorita, joias e relíquias de família.
O item mais caro foi uma pistola semiautomática Colt .45, a arma favorita de Capone, de acordo com a casa de leilões Witherell’s, de Sacramento. O objeto alcançou o valor de R$ 5,7 milhões (US$ 1,04 milhão), incluindo o prêmio do comprador.
Segundo a Forbes, o lote incluía acessórios luxuosos usados por Capone, conhecido por seu estilo ousado, como um relógio de bolso Patek Philippe de platina e diamante com suas iniciais, um alfinete com diamantes, pérolas e safiras e uma caixa de fósforos com capa em ouro branco e diamante.
Uma carta escrita por Capone para seu único filho, Sonny, enquanto ele estava preso em Alcatraz, foi vendida por R$ 312 mil (US$ 56.700) e diz: “Dê um grande beijo na mãe por mim e Deus abençoe vocês dois”.
Outro item interessante é o que a família de Capone diz ser a última foto já tirada do chefe do crime, mostrando-o com sua esposa, Mae, e seus netos em 1946 – um mês antes de sua morte. A fotografia foi vendida por quase R$ 110 mil (US$ 20 mil).
Também foram arrematadas no leilão dezenas de outras fotos da família Capone e vídeos caseiros, alguns dos quais mostram criminosos associados a Al, como o chefe do crime de Nova York Lucky Luciano e outros supostos membros da máfia.
Os objetos foram passados por Capone e sua esposa para o filho Sonny – que depois os repassou para suas filhas, na Califórnia. Foram elas que colocaram os itens em leilão, de acordo com Witherell’s.
Al Capone, também conhecido como “Scarface” pelas marcas que tinha no lado esquerdo do rosto depois de ter sido atacado em seus dias como segurança de clube, começou a carreira no crime organizado como parte de pequenas gangues de rua em Nova York, sua cidade natal. Ele se mudou para Chicago para servir como braço direito de seu mentor, Johnny Torrio, do Chicago Outfit, um sindicato do crime organizado formado em sua maioria por ítalo-americanos.
Capone mais tarde assumiu como chefe da família do crime de Chicago, e acredita-se que tenha desempenhado um papel no planejamento do Massacre do Dia dos Namorados, quando sete homens ligados à gangue rival North Side, composta principalmente por irlandeses-americanos, foram assassinados em plena luz do dia em 1929. O massacre atraiu a atenção para Capone e o crime organizado em toda a Costa Leste. Em 1931, Capone foi condenado por sonegação de impostos e sentenciado a 11 anos de prisão, mas cumpriu apenas oito por causa de sua saúde precária. Ele morreu em 1947 em sua mansão em Palm Springs.