A alta estação em Salvador, como é de costume, atrai gente de todos os cantos do planeta. Os visitantes vêm para curtir o que a cidade tem de melhor na sua cultura, belezas naturais, gastronomia e, claro, nesse cardápio de atrativos inclui-se o Festival Virada Salvador 2020. Já consolidado como o maior Réveillon do país, o festival acontece a partir deste sábado (28) e segue até 1° de janeiro, na orla da Boca do Rio.
Só para os festejos da virada de ano, a capital baiana deve receber quase 500 mil turistas. Já em toda a alta estação, ou seja, de dezembro a março, estão previstos 3,6 milhões de visitantes. Deste montante de pessoas que chegará à cidade, 56,1% são provenientes do interior do estado, 12,6% de São Paulo e 4,8% do Rio de Janeiro. Os argentinos, como no ano passado, continuam sendo a maioria dos turistas estrangeiros, representando 28,7% do volume de visitantes, seguido pelos chilenos (8,8%) e franceses (8,8%).
Para o titular da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), Claudio Tinoco, essa visibilidade que Salvador tem ganhado internacionalmente, sobretudo com nossos hermanos, é fruto de um trabalho constante de promoção da cidade como destino turístico.
As estratégias envolvem, por exemplo, ações de marketing digital, além das road shows promovidas em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, capacitando milhares operadores de viagem para apresentar produtos de sucesso como o festival do final de ano, Carnaval e demais eventos do verão.
“A Argentina é o principal mercado emissor de turistas estrangeiros para Salvador e mantém frequência de voos diários com a nossa capital. Merece a nossa atenção especial tanto na promoção, quando realizamos road shows com os operadores e agentes argentinos e participamos da FIT – Feira Internacional de Turismo de Buenos Aires, quanto no receptivo, com sinalização em espanhol e atendentes bilíngues nos postos de informações turísticas da capital baiana”, afirma Tinoco.
Ocupação e economia
Durante o Festival Virada Salvador, a taxa de ocupação hoteleira deve alcançar 95% em hotéis de toda a cidade, e o esperado pelo trade é repetir os 100% de ocupação na região do evento, que inclui estabelecimentos localizados na orla, como tem ocorrido nos últimos três anos.
A chegada dos turistas à capital baiana movimenta uma rede que envolve mais de 70 setores, a exemplos de hotéis, agências de turismo, mercado de hortifrúti, de carne, venda de lençóis, baianas de acarajé, casas de show e entretenimento, entre outros serviços.
A estimativa do gasto médio de cada turista é de R$ 872,05 ao longo dos cinco dias de festival, aplicados em alimentação (35%), transporte na cidade (28%), compras (18%), hospedagem (14%), espetáculos em geral (5%), guias e excursões (2%). Isso representará uma movimentação de R$ 407.2 milhões na economia de Salvador, sem contar a receita gerada pelos soteropolitanos.