O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, disse nesta última sexta-feira (28) que fechou acordo para o pagamento de dívidas do país com o Clube de Paris, grupo de credores internacionais. As pendências financeiras somam US$ 2 bilhões.
O governo terá que pagar uma taxa de juros de 3,9% ao ano para a instituição internacional e quitar a dívida em 6 anos –até 2028. O Clube de Paris é um grupo informal de credores oficiais com objetivo de ajudar países que passam por dificuldades.
Em contrapartida, a entidade solicita reformas para estabilizar e restaurar o equilíbrio macroeconômico e financeiro da nação que está negociando. Estados Unidos, Japão e Alemanha então entre os integrantes.
O acordo com o Clube de Paris busca também desbloquear o financiamento internacional para o país. A Argentina fechou, em março deste ano, um acordo de US$ 44 bilhões com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para refinanciar um empréstimo.
O compromisso com o FMI é para que a Argentina retorne aos mercados globais de títulos da dívida em 2025.
Crédito para economia
Sergio Massa anunciou que a medida permitirá unificar todos os programas de crédito do país em um único: o CreAr (Crédito Argentino). “Vai unificar todas as políticas de promoção de crédito para os setores produtivos”, declarou o ministro.
O objetivo de Massa é recuperar as relações das empresas e trabalhadores da Argentina com os países europeus. O investimento do CreAr será de US$ 3,20 bilhões (ou 500 bilhões de pesos argentinos) e visa o desenvolvimento e o crescimento da economia, em especial, as pequenas e médias empresas.
“Somos um dos países que garantem a segurança alimentar global, somos um dos primeiros países que teve que tolerar o impacto da guerra global em sua economia. E nós somos um dos países que garantem a segurança energética e temos que afirmar tudo isso quando olhamos para o nosso modelo de desenvolvimento”, declarou, segundo o jornal Clarín.