Depois de diversos embates com a força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba, o procurador-geral da República, Augusto Aras, dá sinais de que adotará uma versão paz e amor com os investigadores do Paraná. Ao menos é o que acredita o coordenador do grupo, Alessandro Oliveira, para quem Aras assumiu o “compromisso verbal” de renovar a força-tarefa, que vence no dia 31 de janeiro.
‘Aras tem dito que pretende apoiar a renovação do prazo, chegou a me ligar para reafirmar o compromisso. Espero que se concretize. Por enquanto, o compromisso foi verbal’, disse Oliveira.
Segundo o coordenador da força-tarefa, o plano é solicitar a prorrogação dos trabalhos por mais um ano, como é praxe. O pedido será enviado em breve. Alessandro Oliveira entrou no lugar de Deltan Dallagnol, que ocupou o posto de 2014, quando a operação nasceu, até setembro deste ano, quando deixou o grupo.
Dallagnol era desafeto declarado de Aras e deixou a operação após embates com a PGR. Em um deles, o órgão buscava acessar dados sigilosos da Lava-Jato. O material acabou nas mãos da PGR, por meio da Corregedoria do órgão, como revelou ao jornal O Globo.