A Appian Capital Brazil planeja investir R$ 350 milhões na implantação de uma unidade de sua controlada Graphcoa para produção de grafite no estado da Bahia. A planta vai processar minério extraído da mina Boa Sorte, localizada no município de Itagimirim e terá capacidade para produzir 5,5 mil toneladas/ano. Nesta etapa, a previsão é que sejam gerados cerca de 300 empregos.
A empresa espera submeter o concentrado de grafite produzido em sua unidade à avaliação de clientes considerados estratégicos no primeiro trimestre de 2025, para definir o potencial do mercado visando à ampliação da capacidade da planta no futuro, que poderá chegar a 25,5 mil toneladas/ano. Neste caso, os investimentos podem chegar à escala de R$ 1,5 bilhão. Assim, a expectativa da Graphcoa é se tornar um dos principais produtores de grafita no Brasil, tornando-se fornecedor de material para produção de ânodos para o suprimento dos grandes fabricantes de baterias de veículos elétricos. O Brasil é um dos principais detentores de reservas de grafita no mundo, com aproximadamente 26% do total conhecido. A Graphcoa foi formada em novembro de 2022, através de uma joint venture entre a Appian Capital Advisory LLP e a empresa de mesmo nome.
A jazida explorada pela Graphcoa está localizada dentro do cluster de mineração de grafita brasileiro de renome mundial, com toda a infraestrutura existente para o desenvolvimento e operação minerária, a empresa dispõe de mão de obra altamente especializada, linha de alta tensão nas imediações da usina e água subterrânea abundante. Os ativos minerais da Graphcoa estão perto da costa brasileira e não muito longe de vários portos de embarque internacional, acessíveis por rodovias pavimentadas a partir do portão da mina.
De acordo com a empresa, o minério se caracteriza por possuir alta concentração de flocos de grafita jumbo. ”Dentre outras características, é um mineral macio, com dureza entre 1 a 2 na escala de Mohs, sendo excelente condutor de calor e eletricidade. Possui grande resistência química, termal e à oxidação, propriedades que fazem esse mineral dispor de numerosas aplicações”.
Atualmente o projeto da planta está em sua fase de construção civil e a empresa informa que não haverá necessidade de barragem de rejeitos.