Na ausência de uma política nacional, prefeitas e prefeitos pelo país aproveitaram do veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para lançar projetos de distribuição de absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade social.
O projeto vetado pelo presidente é de autoria da deputada federal Marília Arraes (PT-PE). Um dos primeiros a aderir à proposta e anunciar a distribuição do material de higiene para adolescentes de escolas públicas foi justamente o primo da deputada, o prefeito de Recife João Campos (PSB). As disputas familiares que permeiam a carreira dos dois ficou de lado e o prefeito aderiu à proposta da prima. Campos é namorado da deputada Tábata Amaral (PSB-SP), que se manifestou alegando ser “desumano” o veto do presidente.
Em Minas Gerais, conforme o jornal O Tempo, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), providenciou projeto de lei que prevê a distribuição de absorventes a alunas da rede pública.
A prefeita de Ituiutaba, Leandra Guedes (Avante), se sensibilizou com a iniciativa e prometeu distribuir o material para higiene a mulheres em situação de vulnerabilidade.
Na cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) lançou um programa de distribuição de absorventes, fazendo críticas e um contraponto à negativa de Bolsonaro. Também no Estado, a prefeita de Araruama, Lívia Bello (PP), e o prefeito de Maricá, Fabiano Horta (PT), aderiram à iniciativa.
Voltando em Pernambuco, a prefeita Ridete Pelegrino (PSD), conseguiu aprovação na Câmara para distribuir absorventes a alunas de escolas públicas.
No Ceará, a prefeita Mônica Mariano (PSD), já distribuía absorventes para adolescentes de escolas públicas. Ela foi uma das primeiras a tomar providências. Aprovou um projeto de lei em maio, muito antes da discussão ganhar os holofotes do país.
Evaldo Nogueira (PDT), prefeito de Aracaju, e Sheila Lemos (DEM), de Vitória da Conquista, na Bahia, completam a lista.