Para se cacifar ao posto, Amorim usou uma foto que tirou com o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, com o objetivo de sinalizar apoio do governo federal. A imagem foi publicada na quinta-feira (1º) por Amorim em sua rede social, que se referiu a Marcelo Álvaro como “querido amigo”. Ao saber do ocorrido, o ministro ligou para o governador do Rio e deixou claro que não tem relação com o deputado. Contou que só atendeu o pedido para fazer uma foto e chamou a atitude de Amorim de oportunista. Já Amorim diz que conhece o ministro há mais de dez anos e destaca que o evento em que se encontraram era do próprio PSL, partido de ambos.
Com a reação do ministro, o plano de nomear Amorim para o secretariado foi por água abaixo. Procurados pela coluna, aliados de Castro afirmaram que o nome do deputado ainda estava “em análise” e que a escolha de Amorim vai contra a política do governador, de escolher nomes para o seu secretariado que “agreguem e não criem divisões”.
Rodrigo Amorim costuma dizer mantém boa relações com a família Bolsonaro, mas o rompimento aconteceu no ano passado, quando o presidente e seus filhos de afastaram do então governador Wilson Witzel e o deputado permaneceu como seu aliado. Em agosto, Flávio chegou a enviar uma notificação a Amorim em que o proibia de usar fotos dos Bolsonaro nas redes. A peça dizia que Amorim fazia uso “político-partidário” da imagem de Flávio insinuando que tinha seu apoio, o que não precede.