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O prefeito de Belford Roxo (RJ), Wagner Carneiro, conhecido como “Waguinho”, se filiou nesta última segunda-feira (10) ao Republicanos. A decisão aconteceu no mesmo dia em que o jornal O Globo revelou que o prefeito, sua mulher, a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, e cinco deputados resolveram pedir desfiliação do União Brasil. No mesmo dia em que mudou de partido, Waguinho assumiu o comando do diretório estadual do Republicanos.
Diferente dos deputados, o prefeito não precisa atender aos requisitos de fidelidade partidária e pode mudar de legenda sem precisar do aval da sigla ou da Justiça Eleitoral. O Republicanos se classifica como independente, mas tem se aproximado do governo e negociado cargos.
O partido, formado pela fusão do DEM com o PSL, vive por uma disputa interna em vários estados, com corte de senha e acusações de fraude. O movimento do prefeito e dos deputados do Rio, com apresentação da ação na última quinta-feira, tem potencial para afetar a formação do ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já que Daniela ocupa uma das três vagas reservadas ao União Brasil no primeiro escalão do governo.
A ministra do Turismo e a deputada Danielle Cunha, que também pediu para sair do União Brasil, estavam presentes na cerimônia de filiação. O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, pai de Danielle, também compareceu, além do deputado petista Washington Quaquá. Nas redes sociais, Quaquá destacou a presença do deputado Dimas Gadelha (PT-RJ) e elogiou Waguinho e a ministra do Turismo.
– Fui com o deputado Dimas na posse do meu querido amigo Waguinho, prefeito de Belford Roxo, como presidente estadual do Republicanos do Rio de Janeiro. Aqui junto também nossa Ministra do Turismo, Daniela Carneiro, que representa a todos nós!
O prefeito e os deputados saíram da legenda fazendo fortes críticas ao presidente do União Brasil, Luciano Bivar, e ao vice-presidente Antonio Rueda. Eles acusam os dirigentes de negociarem cargos nas gestões do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e do prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), sem consultarem a bancada do estado no Congresso. Além disso reclamam de articulações envolvendo as eleições municipais do ano que vem. Além do Rio, há também divergências em estados como Pernambuco e Mato Grosso do Sul.
