Após a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o ministro da Economia é considerado nos bastidores como o próximo a ser pressionado pelo governo Bolsonaro. O economista tem exposto a sua contrariedade com o plano econômico anunciado na semana passada para o período pós-pandemia do coronavírus, conforme informações do Estadão.
Com a saída de Mandetta da Saúde e de Moro, Guedes entrou no processo de “fritura” por uma ala do governo por insistir no discurso de manutenção da sua política de ajuste fiscal. Ao mesmo tempo, o presidente Bolsonaro se aproxima de deputados do Centrão – bloco que não tem afinidade com Guedes e defende um aumento dos gastos públicos.
O mercado já especula uma possível saída de Guedes após as demissões de Mandetta e de Moro terem sido motivadas pela interferência de Bolsonaro nas pastas.
Ainda de acordo com o Estadão, mesmo pressionado, Guedes tem dito que não tem intenção de deixar o cargo, mas ressalta que não pretende mudar sua política econômica de aumento dos investimentos via iniciativa privada, diminuindo gastos públicos.
Bolsonaro por sua vez acredita que a melhor maneira de gerir a crise econômica pós-coronavírus é investindo em obras e investimentos com dinheiro público, para recuperar o país.