Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo prenderam Marcos Rogério, conhecido como ‘Cabeção’, nesta sexta-feira (1º). Ele é apontado como o engenheiro responsável pelo planejamento e supervisão do túnel utilizado no furto de R$ 164 milhões dos cofres do Banco Central, em Fortaleza, no Ceará, ocorrido em 2005.
A prisão aconteceu em Sorocaba, interior do estado. O procurado estava foragido há 12 anos, desde que foi resgatado por homens armados do Presídio de Itatinga, no Ceará. As informações são do G1.
A ação foi conduzida por policiais da 1ª Delegacia Patrimônio (Investigações sobre Roubo e Latrocínio). A investigação apontou que o indivíduo estava frequentando um imóvel na cidade de Salto, também no interior do estado.
O foragido foi monitorado e encontrado em um shopping na Zona Sul de Sorocaba, sendo detido sem resistência durante a abordagem na Avenida Professora Izoraida Marques Peres.
Os policiais também executaram um mandado de busca e apreensão na residência da esposa de Marcos, localizada no Residencial Icaraí, em Salto.
Em setembro, outro indivíduo, conhecido como ‘Bocão’ e apontado como um dos mentores do crime, foi preso em Sumaré, também no interior de São Paulo. A prisão de ‘Bocão’, condenado a 49 anos de prisão, resultou de um trabalho de inteligência da Polícia Militar, que o encontrou em uma residência no Jardim Salermo, onde foram apreendidos cerca de um quilo de cocaína, 1,5 quilo de maconha, balanças de precisão, dinheiro e vários celulares.
Relembre o caso
Na madrugada de 5 para 6 de agosto de 2005, uma quadrilha entrou no caixa-forte do Banco Central por meio de um túnel, levando mais de três toneladas em notas de R$ 50. Para retirar o dinheiro, passaram por baixo de uma das mais movimentadas vias do Centro de Fortaleza, a Avenida Dom Manuel.
O túnel partia de uma casa alugada pela quadrilha. O crime só foi descoberto no início do expediente da segunda-feira. Dos R$ 164,7 milhões furtados, a Polícia Federal estima que, no máximo, R$ 60 milhões foram recuperados, por meio da venda de bens dos participantes ou pelo resgate de quantias em espécie durante as investigações.