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terça-feira 6 de fevereiro de 2024 às 15:53h

Após protestos, Comissão Europeia desiste de reduzir agrotóxicos

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Projeto que visa diminuir uso de pesticidas pela metade até 2030 é retirado depois de atos de agricultores em vários países. Mas presidente Ursula von der Leyen diz que isso não encerra o assunto. Diante dos veementes protestos de agricultores em vários países da União Europeia (UE), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou nesta terça-feira (6) que vai retirar uma proposta que visa reduzir pela metade o uso de agrotóxicos na agricultura europeia até 2030.

Ela acrescentou, porém, que o assunto não está encerrado e que a Comissão, após ouvir agricultores e ambientalistas, deverá apresentar um novo projeto de lei. Segundo a presidente, o objetivo de reduzir os riscos oriundos do uso de agrotóxicos é legítimo, mas a proposta apresentada se tornou um símbolo de polarização.

“Como foi rejeitada pelo Parlamento Europeu e também no Conselho Europeu já não se registram progressos, vou propor que se retire essa proposta”, anunciou Von der Leyen durante uma sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo.

Aceno a agricultores antes das eleições europeias

Cerca de quatro semanas antes das eleições europeias, Von der Leyen faz, assim, um grande aceno aos agricultores, que reclamam de normas ambientais cada vez mais rígidas. A nova proposta da Comissão não deverá ser conhecida antes das eleições para o Parlamento Europeu, em junho.

Após amplos protestos do setor agrícola em países como França, Alemanha, Portugal, Grécia e Polônia, uma maioria de deputados conservadores, liberais e social-democratas no Parlamento Europeu derrubou os planos numa votação em novembro. Isso tornou quase impossível a implementação.

Peça central do Pacto Ecológico Europeu, o projeto legislativo proposto pela Comissão em junho de 2022 visava reduzir pela metade a utilização e os riscos dos pesticidas em toda a UE até 2030, em comparação com o período 2015-2017.

A UE apoia a agricultura do bloco com mais de 50 bilhões de euros por ano por meio da Política Agrícola Comum (PAC). Parte do dinheiro está vinculada ao cumprimento de normas ambientais.

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