quarta-feira 18 de setembro de 2024
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o senador Jaques Wagner conversam com o senador Randolfe Rodrigues (de costas), no Palácio do Planalto, em maio do ano passado - Foto: Wagner Lopes/CC/Flickr/Veja
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sexta-feira 13 de setembro de 2024 às 08:20h

Após nota do PT indicar apoio a Hugo Motta, Gleisi e Rui Costa entram em campo; entenda

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Uma nota assinada pelo líder do PT na Câmara, Odair Cunha (MG), sobre a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Câmara provocou um mal-estar no União Brasil, que tem Elmar Nascimento (BA) como candidato. No comunicado, o parlamentar afirmou conforme registra Lauriberto Pompeu e Sérgio Roxo, do O Globo, que bancada petista irá decidir sobre o apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB). Para evitar atritos e descontentamento de siglas da base, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, tiveram reuniões com Elmar na quinta-feira e tentaram contornar a saia-justa. Antonio Brito, do PSD, também é candidato ao posto, e chegou a firmar um acordo com o líder do União para uma aliança.

Elmar esteve com o ministro no Palácio do Planalto na manhã de quinta-feira e almoçou com Gleisi na sede do PT. Segundo relatos, nas duas reuniões os petistas disseram ao candidato do União que a legenda ainda não tomou uma decisão na disputa, e que isso não deve acontecer antes do fim das eleições municipais.

A nota assinada por Odair foi divulgada para comentar um almoço feito em homenagem ao aniversário de Hugo Motta. Lira estava presente, além de Odair e representantes de PL, PP, MDB, Podemos, PV e PCdoB.

No mesmo dia, Elmar se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ouviu dele o conselho de que deveria procurar Gleisi e outros integrantes da cúpula do PT.

Após a publicação da nota em que indicava apoio a Motta, Elmar também falou por telefone com os deputados Zeca Dirceu (PT-PR) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), além do próprio Odair. Todos disseram ao parlamentar que a legenda ainda precisa se reunir para tomar uma decisão e que não há um martelo batido no apoio a nenhum dos candidatos.

A bancada na Casa não quer dividir a base governista, da qual União e PSD fazem parte, e ainda procuram uma solução que seja de consenso, sem disputas.

Lideranças petistas dizem que, apesar da operação para não desagradar Elmar, a expectativa é que a bancada do partido feche apoio a Hugo Motta após as eleições municipais. Ainda há resistências em setores da bancada, que preferem o deputado do União Brasil. Petistas apontados como simpatizantes de Elmar, porém, não assumem esse apoio.

O governo tem atuado de forma discreta para não causar fissuras na base. Mas ministros envolvidos nas articulações reconhecem, de forma reservada, que o Planalto não quer Elmar no comando da Câmara. Os auxiliares de Lula também não enxergam necessidade de acelerar o processo.

A expectativa no governo é que o MDB também feche o apoio a Motta. Dois ministros do partido, Renan Filho (Transportes) e Jader Filho (Cidades), e o líder da bancada, Isnaldo Bulhões (AL), se reuniram nesta semana com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Como Elmar e Brito não desistiram para apoiar Motta e nem indicam disposição em fazer isso, o governo e o PT buscam se equilibrar. Os candidatos do União e do PSD planejam ter uma candidatura única caso um deles se mostre mais viável.

Ainda que tenha um aceno a Motta e o governo tenha entrado de cabeça nas articulações com presidentes de partidos e deputados, o presidente Lula já deu declarações buscando se desvencilhar da disputa. Também reafirmou que o governo não tem candidato.

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