A declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que as indicações para as diretorias de Assuntos Internacionais e de Relacionamento do Banco Central vão sair nos próximos dias colocou no radar de membros do mercado nomes que vão substituir Fernanda Guardado e Maurício Moura, que deixam os cargos no fim de dezembro.
Segundo Guilherme Pimenta e Larissa Garcia, do Valor, apesar de uma mulher estar deixando o colegiado do BC, gênero não será um critério na escolha dos nomes pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Guardado é uma das duas mulheres do colegiado do BC, que também conta com a diretora Carolina de Assis no comando da área de Administração da autoridade monetária. De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, isso poderia ser compensado em uma indicação futura.
Conforme o Valor mostrou no início deste mês, as cadeiras ganharam relevância, principalmente a de Assuntos Internacionais, tendo em vista que o Brasil assume a presidência do G20 no fim do ano, bem como a agenda verde que está sendo desenvolvida pelo governo. Guardado é quem conduz a agenda de sustentabilidade no BC.
Já para a diretoria de Relacionamento, a tendência é que governo siga a indicação de manter um diretor da casa no cargo.
Os nomes são mantidos a sete-chaves na Fazenda. Além do ministro Fernando Haddad, que levará os nomes a Lula na próxima semana, o diretor do BC Gabriel Galípolo, favorito para assumir o comando da autoridade monetária a partir de 2025, também participa das escolhas.